
O arquipélago de Fernando de Noronha vive uma situação inusitada. Em 28 de março passado, a governadora Raquel Lyra indicou o nome do advogado Virgílio Oliveira para exercer o cargo de administrador da Ilha. No entanto, a sua efetivação depende de uma sabatina na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que ainda nem foi marcada pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). Diante do impasse, a governadora indicou que o adjunto de Virgílio, Aglailson Neto, vai responder pela administração de Noronha.
Indicado pelo irmão, o deputado estadual Aglailson Victor (PSB), o gestor foi nomeado na semana passada. Por ser adjunto, a sua indicação não precisa passar pelo crivo da Alepe. Foi a forma encontrada pelo Governo para que os serviços na ilha não sofressem descontinuidade.

Governo cobra sabatina sobre Noronha
A sabatina do indicado Virgílio Oliveira encontra-se parada na Alepe. O descontentamento do Governo do Estado com a demora na aprovação dele foi externada nesta terça-feira (15), Convocado pelo deputados para uma audiência pública sobre a questão do pagamento das emendas parlamentares, o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, aproveitou a sua fala inicial para cobrar não só a realização da sabatina sobre Noronha como também a apreciação do projeto que prevê empréstimo de R$ 1,5 bilhão.
Presidente da CCLJ, o deputado Coronel Alberto Feitosa afirmou que não previsão para que a comissão analise a indicação. “Estamos esperando um ambiente favorável”, destacou o parlamentar. Ele disse que a Casa não gostou do fato de o Governo ter nomeado sete servidores para a administração de Fernando Noronha, antes mesmo de a sabatina do administrador ter sido marcada.
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