*Com Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário
O Governo de Pernambuco acaba de iniciar a vacinação contra a febre aftosa de todo o rebanho de bovinos no estado. A campanha 2024, com o tema “Em Pernambuco a Febre Aftosa Não Tem Vez”, foi antecipada de maio para abril, com autorização do Governo Federal. O objetivo da mudança no cronograma é a obtenção, para a pecuária pernambucana, do certificado Livre de Aftosa Sem Vacinação. O selo chancela a erradicação da doença na região contemplada.
Essa é uma estratégia considerada crucial pela administração estadual para que os produtores do segmento consigam entrar em novos mercados, principalmente nos mais exigentes na importação de carne e outros produtos bovinos.
Atualmente, Pernambuco é enquadrado, no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), como Estado Livre de Aftosa Com Vacinação, um nível abaixo do que vem sendo pleiteando pelo estado à autoridade nacional do setor.
Saúde animal com atenção aos prazos
Se você é pecuarista, fique atento aos prazos da campanha 2024. A imunização, iniciada nesta segunda-feira (15), vai se estender por duas semanas e será encerrada no dia 30 de abril. Depois da aplicação, os empreendedores do setor terão até 15 de maio para apresentar a declaração da vacinação referente a este ano.
A entrega do documento pode ser feita presencialmente – nas unidades regionais da Agência Estadual de Defesa e Fiscalização Agropecuária – ou via digital, no site adagro.pe.gov.br .
Saúde animal: PE destaca ganhos econômicos
“É importante que os produtores vacinem seus animais para que Pernambuco alcance a classificação de Estado Livre de Aftosa Sem Vacinação, que é o objetivo da antecipação. Esse engajamento vai resultar em ganho econômico para a agropecuária pernambucana, tornando-a apta a abrir novos mercados”, destaca o secretário de Desenvolvimento Agrário (SDA), Cícero Moraes.
A vacina é obrigatória?
Mais uma informação importante para os criadores. A vacinação e a sua declaração são obrigatórias em Pernambuco. O produtor que perder o prazo até o dia 30 de abril para vacinar e o dia 15 de maio para fazer a declaração está sujeito a penalidades como multas por cabeça de gado não vacinada e por propriedade.
Além disso, pode sofrer outras sanções, como o impedimento de movimentar os animais, veto à participação em eventos agropecuários e perda de incentivos fiscais estaduais para o segmento.
O que é a febre aftosa na saúde animal?
A febre aftosa, transmitida pelo vírus Picornaviridae, é uma doença altamente contagiosa. Afeta principalmente os bovinos. O animal infectado apresenta febre alta, perda de peso, dificuldade para pastar e queda na produção de leite.
Além de comprometer a saúde do animal, a febre aftosa provoca prejuízos econômicos, pois o local onde a doença é detectada deve ser interditado – com impedimento ao trânsito de animais e pessoas. Os pecuaristas dessas regiões também são proibidos de comercializar animais, carne, leite e derivados.
Saúde animal: Raquel reforça importância da vacinação
A governador Raquel Lyra ressalta a importância da vacinação e que o compromisso de manter o rebanho livre da febre aftosa precisa ser assumido pelo setor produtivo, pois, segundo ela, “o sucesso da campanha não depende apenas do poder público”.
“Iniciamos a campanha mais cedo e contamos com os produtores de todas as regiões do estado para cumprir a meta de imunização exigida pelo Mapa para o status máximo na saúde animal em relação à aftosa. Estamos assegurando as doses, de forma inclusiva, desde aos grandes pecuaristas até pequenos criadores, comunidades tradicionais, indígenas e quilombola”, afirma.
“Mas essa não é uma responsabilidade que só cabe ao governo. Tenho certeza que o setor pecuário pernambucano está mobilizado para que possamos obter o resultado esperado”, frisa.
Para a concessão do status que Pernambuco deseja, o Mapa define um mínimo de 90% de imunização do rebanho. Para atingir essa meta, o governo estadual precisa vacinar, em 2024, 2,4 milhões de bovino e búfalos.
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