Economia regenerativa entra na agenda do Estado

Nova política pública, a economia regenerativa pretende redirecionar o estado para um desenvolvimento inclusivo, enquanto recupera e protege o meio ambiente
Ana Luiza Ferreira
Secretária do Meio Ambiente de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira, destaca que vários atores do governo que estão em sintonia com esse novo momento da economia regenerativa / Foto: Assessoria/ Divulgação

A economia regenerativa entrou na pauta do governo estadual. Há um entendimento no núcleo duro do governo Raquel Lyra – a começar pela própria governadora – de que é preciso abrir espaço para um novo tipo de desenvolvimento. Isso justifica o assento que a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha (Semas) passou a ter no Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic).

A criação do PerMeie (Plano de Mudança Econômico-Ecológica de Pernambuco) é outro indicador dessa mudança de direção. Essa política pública pretende redirecionar a economia do estado para um desenvolvimento inclusivo, enquanto recupera e protege o meio ambiente.

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Para reposicionar o vetor de desenvolvimento do estado, apontado para economia tradicional, o estado contratou a Ceplan Consultoria. A titular da Semas, Ana Luiza Ferreira, diz que com o contrato espera um planejamento robusto de longo prazo.

“A gente não quer que o vetor seja tradicional, mas que converse com a nova economia, para que ela seja mais que sustentável, seja regenerativa. O conceito de sustentabilidade é usar os recursos sem esgotar as fontes, para que as próximas gerações possam usar também. O problema é que nós temos usado os recursos de forma errada e eles estão se esgotando. Agora temos que regenerá-los”, sustenta a secretária.

O trabalho ainda está na primeira fase, que é de mapeamento e coleta de benchmarking, mas até julho devem ser entregues o mapeamento, com planejamento, e projetos estratégicos de economia regenerativa.

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Nova economia global

Embora não seja fruto do trabalho da Ceplan, porque seu anúncio antecede à contratação, pode-se dizer que a ação da Copergás de levar gás natural ao polo gesseiro do Araripe é exemplo de ação regenerativa. O gás vai contribuir para reduzir desmatamentos e abre condições para a recuperação do bioma.

Ana Luiza entende que o fato de uma ação como essa ter surgido de forma isolada na Copergás indica que há um pensamento em comum entre vários atores do governo que estão em sintonia com esse novo momento da economia global.

A secretária ressalta que, para virar a chave, é preciso resgatar o papel das instituições de planejamento, como Condepe/Fidem e a própria Sudene e garante que isso é algo em que governo do Estado está mirando.

Araripe

E por falar em Copergás, o seu diretor técnico, Roberto Zanella, tem visitado prefeituras das cidades do Polo Gesseiro do Araripe e empresas da região para tratar da conversão dos fornos usados na produção do gesso para gás natural. Vários empresários demostraram interesse no gás. O projeto foi anunciado pela governadora Raquel Lyra e pelo presidente da Copergás, Felipe Valença, no início de fevereiro. As prefeituras de Trindade e Araripina apresentaram a Zanella áreas onde podem ser construídas as duas usinas de regaseificação que a Copergás quer implantar na região.

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