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A construção da Ponte Salvador-Itaparica, considerada a maior ponte sobre lâmina d’água da América Latina, com 12,4 quilômetros de extensão, avança após a aprovação do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), que homologou na terça-feira (11) o consenso entre o governo estadual e a Concessionária Ponte Salvador-Itaparica. Com um investimento de R$ 10,4 bilhões, a obra será realizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com os grupos chineses CRCC e CCCC. A concessão terá duração de 29 anos, sendo seis anos dedicados à construção.
O projeto prevê uma estrutura que reduzirá em cerca de 100 km a distância entre Salvador e as principais rodovias federais do estado, como a BR-101, BR-116 e BR-242. A expectativa é que, já no início da operação, a ponte receba um fluxo de 28 mil veículos por dia, impactando diretamente a logística e a economia da Bahia.
Além da conexão rodoviária, a ponte também impulsionará setores como turismo, comércio e serviços em Salvador e no Recôncavo Baiano. A nova infraestrutura deve atrair investimentos imobiliários, industriais e logísticos, ampliando o dinamismo econômico da região.
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Empregos e qualificação profissional
A obra deverá gerar 7 mil empregos diretos e indiretos, com prioridade para a contratação de trabalhadores baianos. Para qualificar essa mão de obra, serão oferecidos programas de capacitação em parceria com a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
Segundo Cláudio Vilas Boas, CEO da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, a qualificação e o uso da mão de obra local são prioridades na execução do projeto. “Nosso objetivo é priorizar e capacitar os trabalhadores baianos, garantindo oportunidades para a população local. Além disso, queremos promover o desenvolvimento econômico e a inclusão social das comunidades tradicionais da região beneficiada”, destacou.
O secretário da Setre, Augusto Vasconcelos, reforçou a importância da obra para o estado. “Essa é uma das principais obras de infraestrutura do país e a maior ponte sobre o mar da América Latina. O impacto econômico será enorme, com a descentralização do PIB estadual, a qualificação da mão de obra e o fortalecimento da economia solidária na região”, afirmou.
Além da capacitação profissional, o projeto prevê incentivos para pequenos negócios na área de influência da ponte, abrangendo 250 municípios. As iniciativas buscam impulsionar o empreendedorismo popular e ampliar oportunidades de renda e desenvolvimento econômico no entorno da obra.
Impactos na mobilidade e infraestrutura
A ponte será acessada em Salvador pela região de Água de Meninos, enquanto a cabeceira na Ilha de Itaparica ficará na região da Gameleira. Além de melhorar a conectividade rodoviária, a construção da ponte permitirá a redução do tempo de deslocamento entre a capital e o interior, diminuindo a dependência do sistema de ferry boat.
Atualmente, o trajeto entre Salvador e a Ilha de Itaparica leva cerca de 1h30 a 2h por via marítima. Com a nova ponte, essa conexão será realizada em menos de 30 minutos, tornando-se um eixo estratégico para logística e turismo no estado.
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O governo da Bahia destaca que a infraestrutura fortalecerá a economia do estado, descentralizando investimentos que hoje estão concentrados na Região Metropolitana de Salvador. Com isso, o impacto positivo será sentido em diversos setores, como construção civil, comércio e serviços.
A expectativa é que as obras comecem no ano que vem, após a instalação do canteiro de obras. O início da construção depende da assinatura do aditivo contratual entre a concessionária e o governo da Bahia, permitindo a execução do cronograma estabelecido.
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