Eólica Babilônia Centro, na BA, avança com investimento superior a R$ 3 bi

A eólica Babilônia Centro vai produzir 40% da energia consumida pela siderúrgica ArcelorMittal
Área no Norte da Bahia onde vai se instalar o Complexo Eólico Babilônia Centro. Foto: Site da Casa dos Ventos
Área no Norte da Bahia onde vai se instalar o Complexo Eólico Babilônia Centro. Foto: Site da Casa dos Ventos

Avançam as obras da Eólica Babilônia Centro, complexo que está sendo construído pela empresa de origem cearense Casa dos Ventos nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, no Centro Norte da Bahia, segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico daquele Estado. Serão investidos mais de R$ 3,1 bilhões no empreendimento que está previsto para entrar em operação em 2026. 

As obras devem gerar 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos durante a fase de instalação do complexo. Depois da conclusão, o empreendimento vai empregar diretamente 80 funcionários. 

Serão implantados 123 geradores no parque, que terá a capacidade instalada de 535 megawatts (MW). A estimativa é de que sejam produzidos 267 MW médios, energia suficiente para atender mais de 1,1 milhão de residências, de acordo com informações da Casa dos Ventos. 

O empreendimento está sendo construído numa parceria entre a Casa dos Ventos e a siderúrgica ArcelorMittal, empresa eletrointensiva. As duas empresas estão viabilizando a construção de Babilônia Centro em sociedade por meio de uma governança na qual são compartilhadas as decisões em todas as etapas do empreendimento, indo desde a construção até a operação.

O parque vai fornecer cerca de 40% do consumo de energia da ArcelorMittal, que pretende reduzir em 25% as suas emissões de carbono até 2030. O processo fabril do setor siderúrgico produz emissões de carbono. Com a iniciativa, a sidrúrgica pretende assumir o papel de liderança na descarbonização da produção de aço. 

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O consumo da energia gerada no parque evitará a emissão anual de mais de 208 mil toneladas de CO2 na atmosfera, o que corresponde a 9.210.568 árvores plantadas, de acordo com estimativas da própria siderúrgica.

O parque tem um financiamento de R$ 3,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que corresponde a 80% do que vai ser investido. 

O acordo entre as duas companhias estabelece também, a possibilidade de tornar o Complexo Eólico Babilônia Sul híbrido no futuro, adicionando geração solar e ampliando a disponibilidade de energia renovável. O BabilôniaSul também fica nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova e entrou em operação produzindo energia eólica em julho do ano passado. 

Eólica da Casa dos Ventos no Rio Grande do Norte. Foto: Divulgação

Expansão também com eólica

A Casa dos Ventos está realizando um projeto de expansão que inclui investimentos de R$ 12 bilhões até 2026. A ampliação inclui um parque eólico um parque eólico no município de Mata Grande, localizado no Alto Sertão de Alagoas; uma planta de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará e passar a fabricar energia solar fotovoltaica em alguns dos parques onde a empresa já produz energia eólica.

O projeto de expansão foi acelerado com a entrada da empresa de origem francesa Total Energies, que passou a atuar como sócia minoritária da companhia cearense desde janeiro de 2023.

A empresa de origem cearense tem à frente o engenheiro Mário Araripe e o seu filho, Lucas Araripe. É a empresa pioneira na área de geração eólica, em larga escala, no Brasil.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia e da Casa dos Ventos

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