
A Prefeitura de Maceió anunciou que pretende investir, por meio de parceria público-privada, R$ 46,2 milhões na construção de uma usina fotovoltaica. A intenção é abastecer com energia solar os prédios onde funcionam secretarias e órgãos municipais. Nesta segunda-feira (02), o município iniciou uma consulta pública sobre o tema.
Segundo informações da Prefeitura de Maceió, o projeto pretende conferir ao município autonomia energética, mais previsibilidade orçamentária e alívio direto nas contas públicas.
A estimativa é de uma economia acumulada superior a R$ 280 milhões ao longo de 25 anos, com potencial de gerar mais de R$ 10 milhões por ano em economia direta aos cofres municipais.
Segundo o secretário municipal de Ações Estratégicas e Integração Metropolitana (Semaemi), David Gomes, a consulta pública possibilitará que a população tenha acesso aos documentos do projeto, envie sugestões, dúvidas e contribuições para o município.
“A consulta pública é uma oportunidade para que toda a população de Maceió participe ativamente desse projeto histórico para a cidade. A implantação da usina fotovoltaica representa mais que uma inovação, é um compromisso com a sustentabilidade, a responsabilidade fiscal e a modernização dos serviços públicos. Nosso objetivo na Secretaria de Ações Estratégicas é justamente trazer dinamismo, reduzir custos, otimizar os serviços e atrair investimentos privados para o município. E queremos fazer isso ouvindo a população, construindo soluções de forma participativa e transparente”, destaca David.
Os interessados têm 30 dias para participar da consulta, que se encerra no dia 2 de julho. Basta acessar o link https://parcerias.maceio.al.gov.br/eficiencia-energetica/, onde estão disponíveis as informações sobre o assunto.
Tribunal de Justiça de AL construiu usina solar própria
Os prédios do Judiciário de Alagoas também passaram a utilizar energia solar no final de 2024, após o Tribunal de Justiça de Alagoas inaugurar sua usina fotovoltaica, com capacidade para 5,7 megawatts-hora por ano.

Foram investidos R$ 20 milhões na usina, que foi construída no município de Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas. Os recursos são provenientes do Fundo Especial de Modernização do Poder Judiciário de Alagoas (Funjuris).
A expectativa do Poder Judiciário alagoano é que o uso da energia solar gere uma economia anual de R$ 4 milhões e uma redução de 70% nos gastos com energia elétrica.
Capitais do NE apostam na construção de usinas fotovoltaicas
Maceió não será a primeira capital do Nordeste a buscar parcerias com a iniciativa privada para implantar projetos de energia solar destinados ao abastecimento de prédios públicos municipais.
A Prefeitura do Recife, por exemplo, implantou em 2021 uma usina fotovoltaica para abastecer o Hospital da Mulher do Recife (HMR). Foram instalados 728 módulos de 440 kWp, com estimativa de geração de 40 GWh por mês.
A Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Ceará também implantaram placas solares em prédios públicos, com o objetivo de reduzir os custos com energia elétrica.

Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Teresina inaugurou sua usina solar em uma área de 15 hectares, com potência nominal total de 6,33 MWp. O projeto utiliza tecnologia de seguidores solares (trackers), que aumenta a eficiência dos empreendimentos. A geração estimada é de 12.232 MWh por ano para o abastecimento da rede elétrica local.
“São muitas vantagens para quem faz investimento dessa natureza: energia limpa, redução da conta de energia do consumidor, geração de emprego, e naturalmente uma engrenagem que vai entrar na economia, aumentar o lucro do setor privado, é um negócio em que todos ganham”, disse o prefeito de Teresina, Silvio Mendes, na inauguração da usina.
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