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Natura é a nova embaixadora da ONU no Brasil para o Movimento Salário Digno

A multinacional brasileira do setor de cosméticos agora faz parte do Conselho Consultivo da ONU para o debate sobre salário digno
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Natura trabalhava na equidade desde 2022, mas o salário digno foi atingido no início deste ano. Foto: Divulgação/Natura

O Movimento Salário Digno, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), ganhou um novo embaixador na América Latina. Depois de alcançar a meta de salário digno para todos os seus colaboradores da região, a Rede Brasil da campanha, que já contava com 36 empresas, agora, adicionou mais uma à sua conta.

A Natura, multinacional brasileira de higiene e cosmética, ganhou um lugar no Conselho Consultivo da ONU para a matéria após alcançar a meta de distribuição salarial para 14,5 mil colaboradores em 14 países da América Latina, onde funcionam cinco fábricas e 19 centros de distribuição. Agora, a empresa quer mobilizar outras companhias a fazerem o mesmo.

A empresa trabalhava no assunto há dois anos, quando reduziu as diferenças salariais nos países latinos, mas só alcançou a meta por completo no início deste ano. Também em 2022, a Natura já havia dado fim às diferenças salariais entre homens e mulheres.

Para a companhia, é um “orgulho ter estabelecido uma meta pública” e “tê-la alcançado com consistência”, como detalha Gleycia Leite, diretora de organização e remuneração da companhia.

“Mas sabemos que o trabalho não se encerra aí – trata-se de um plano contínuo, revisto e atualizado anualmente. Garantir uma renda digna não é apenas um objetivo econômico, mas também uma forma de promover a dignidade humana e contribuir para a redução das desigualdades sociais”, completa a diretora.

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Gleycia Leite é diretora de organização e remuneração da Natura. Foto: Divulgação/Natura

Gleycia explica que o objetivo é que cada vez mais empresas se engajem no movimento, ficando ativas na discussão e se comprometendo com o tema. Essa é também a meta da Organização das Nações Unidas. Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, explica que a nova jornada de conhecimento será apresentada para empresários e empresárias de todo o Brasil.

“Com o Movimento Salário Digno, contemplamos uma importante ação de Trabalho Decente e Crescimento Econômico, o ODS 8. Entendemos que termos parceiros comprometidos com metas para 2030 ajuda e engaja a chegada de outros grandes players nacionais.”

O que é o Salário Digno

O salário digno vai além do salário mínimo. É uma remuneração que possibilita o acesso com qualidade à alimentação, água, habitação, educação, saúde, transporte, vestuário e outras necessidades essenciais, além de provisão para situações inesperadas.

Na Natura, o salário digno tem como base a referência fornecida pela Wage Indicator Foundation, um datahub global que calcula o custo de vida de forma variada entre as regiões do Brasil e os países da América Hispânica, levando em consideração as realidades distintas de cada localidade.

O conceito de salário digno é ainda um critério importante para avaliar o impacto no modelo de Contabilidade Integrada de Lucros e Perdas (IP&L), uma abordagem introduzida pela Natura em 2022, que permite quantificar em termos monetários o efeito das atividades empresariais sobre os capitais humano, social e ambiental.

No ano de 2023, a empresa conseguiu criar um impacto líquido benéfico de R$ 39,5 bilhões para a sociedade. Isso significa que, para cada real de receita obtida pela Natura, houve a geração de R$ 2,70 em benefícios socioambientais.

O movimento

O Movimento Salário Digno do Pacto Global da ONU – Rede Brasil já tem 37 empresas comprometidas com a ambição de garantir 100% de salário digno para colaboradores, incluindo operações, contratados(as) e/ou terceirizados(as) e promover e engajar toda a cadeia de suprimentos para desenvolver metas de salário digno, objetivos da iniciativa.

A iniciativa quer engajar empresas a oferecerem 100% de salário digno até 2030, apoiando-as em sua jornada através de quatro pilares: liderança, capacitação, engajamento de stakeholders e compartilhamento de boas práticas.

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