Fundação Bunge ajuda pequenos negócios a crescer após a pandemia

Etiene Ramos As dificuldades da pandemia da Covid-19 só não foram maiores para os pequenos negócios pelo empenho de voluntários e de instituições privadas que ainda estão criando oportunidade para reduzir os impactos negativos na microeconomia. Uma delas é o Projeto Economia da Gente, que surgiu da campanha “Comprando da vizinhança, eu fico em casa”, […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

Etiene Ramos

As dificuldades da pandemia da Covid-19 só não foram maiores para os pequenos negócios pelo empenho de voluntários e de instituições privadas que ainda estão criando oportunidade para reduzir os impactos negativos na microeconomia. Uma delas é o Projeto Economia da Gente, que surgiu da campanha “Comprando da vizinhança, eu fico em casa”, criada no ano passado pela Fundação Bunge para incentivar as comunidades a fazer compras locais.

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A proposta faz parte do programa de apoio ao desenvolvimento socioeconômico do entorno das operações da Bunge, apoiando os empreendedores na divulgação dos negócios; em atividades e conteúdos formativos e na abertura de novos canais de vendas e no acesso a novos mercados.

O Economia da Gente começou nas cidades do Cabo de Santo Agostinho (PE), Gaspar (SC), Rondonópolis (MT) e Uruçuí (PI) e, a partir de julho, deverá se estender para mais seis municípios: Ipojuca (PE), Nova Mutum (MT), Luziânia (GO), Luís Eduardo Magalhães (BA), Ponta Grossa (PR) e Rio Grande (RS).

Um dos resultados da primeira fase do projeto é o Catálogo Economia da Gente, disponível no no site da Fundação Bunge (https://fundacaobunge.org.br/programas/comunidade-integrada/projeto-economia-da-gente/ ). Ele apresenta mais de 100 pequenos negócios que foram selecionados porque já atuavam como empresas formais. São prestadoras de serviços de fotografia, elétrica e hidráulica e revendas de equipamentos eletrônicos até docerias, lojas de cosméticos e gráficas que receberam formação sobre empreendedorismo, governança, meio ambiente e ferramentas tecnológicas para aumentar as vendas como o WhatsApp Business. 

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Para este ano, a meta é capacitar mais 450 novos empreendedores e oferecer extensão na formação dos primeiros participantes. “Vamos começar a realizar oficinas de vendas online, de fotografia e vídeos para capacitar os empreendedores a divulgar melhor seus negócios, sozinhos ou interagindo com profissionais especializados que venham a contratar”, explica Anna Barcelos, gerente de projetos da Fundação Bunge. 

Segundo ela, na primeira fase foram investidos R$110 mil na formação, que contou com parcerias das prefeituras, câmaras de dirigentes lojistas e associações comerciais dos municípios, e o suporte da estrutura da Bunge. 

Leandro Guimarães ganhou a confiança dos moradores da pequena Uruçuí, no Piauí – FOTO: Divulgação

Bunge dá apoio a quem quer mudar de rumo

A Fundação Bunge estima que pelo menos dois mil pequenos empreendimentos receberam orientações para divulgar suas atividades, na primeira etapa das trilhas formativas. Na sequência, foram priorizados os já formalizados e entre eles encontramos dois empreendedores do Nordeste que estão mudando de vida, partindo para o sucesso no mundo dos negócios.

No Piauí, Leandro Guimarães, da LG Pragas, resolveu largar o emprego numa empresa de Brasília, onde trabalhava, para viver em Uruçuí, na divisa com o Maranhão. Ele havia aberto sua empresa em 2014 mas faltavam documentos e licenças para trabalhar com dedetização. 

Na pequena cidade, foi mais fácil do que na capital federal mas quando conseguiu, veio a pandemia e ficou sem atender os clientes que tinha feito, nem novos. “Mas com o apoio da formação comecei a divulgar pelo Instagram e a ganhar confiança dos moradores porque tava junto da Bunge. Foi muito proveitoso, fiquei conhecido e já tenho clientes importantes como a Fazenda Risa, a Pizzaria Santiago, o Posto Cacique, em Uruçuí, e atendo em Benedito Leite, cidade que fica a três quilômetros, mas já no Maranhão”, revela.

No Cabo de Santo Agostinho, o hobby de Carla Araújo virou emprendimento – FOTO: Divulgação

No Cabo de Santo Agostinho, a maternidade tirou Carla Araújo do trabalho formal e, no aniversário de um ano da filha, começou a nascer a Dona Persona, especializada em decoração personalizada para festas e datas especiais. O segmento, um dos mais atingidos na pandemia, virou uma oportunidade para ela justamente porque as pessoas não podiam sair de casa, nem receber convidados. “Para não deixar um aniversário passar em branco as pessoas faziam ‘só um bolinho’ e me encomendavam a decoração, e isso foi incrementando meu negócio”, lembra a ex-assistente administrativa de outras empresas.

Agora ela cuida de tudo sozinha, da criação das peças, das vendas e da organização financeira. “Quando veio o Comprando da Vizinhança, tive mais noção para o controle financeiro, separando os orçamentos doméstico e o do negócio, e para o  posicionamento diante do cliente”, diz Carla que vem investindo em cursos de papelaria personalizada e encadernação artesanal para ampliar seus serviços.  

Para ela, a divulgação pelo catálogo da Fundação Bunge deu mais visibilidade à Dona Persona e mais confiança aos clientes, a maior parte pessoas físicas e boleiras, que precisam de enfeites para as festas e vão indicando a nova empresária.

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