O Complexo do Pecém receberá um aporte financeiro de aproximadamente US$ 176 milhões – aproximadamente R$ 1,1 bilhão – para desenvolver o programa de transição energética Pecém Verde, com foco na implementação de um projeto de hidrogênio limpo. O financiamento será feito pelo Banco Mundial, a partir do Livable Planet Fund, e pelo Climate Investment Funds – Renewable Energy Integration (CIF-REI), e pretende melhorar a infraestrutura do complexo e acelerar o processo de descarbonização.
“Com essa parceria, de onde virão mais esses recursos, o Pecém Verde deve gerar oportunidades econômicas significativas, promover a criação de empregos qualificados e fortalecer uma posição de destaque do Ceará entre as iniciativas de descarbonização em escala global, um dos mais prementes objetivos do Governo do Estado”, afirmou o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo.
Dos US$ 176 milhões que serão aportados aportados, US$ 9 milhões virão de uma doação do Livable Planet Fund; US$ 90 milhões serão financiados pelo Banco Mundial; US$ 36,5 milhões através de empréstimos e doações do programa CIF-REI; e US$ 41 milhões que serão investidos pelo próprio Complexo de Pecém.
O projeto pretende criar a infraestrutura necessária para a produção e exportação de hidrogênio verde (H2V) e seus derivados, consolidando o Pecém como um hub global de hidrogênio verde.
Os investimentos incluirão a implantação de infraestrutura básica para os corredores de utilidades e acesso ao setor produtivo de hidrogênio no Complexo do Pecém, a expansão do Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT) do porto, com a construção de um novo berço de atracação, e a ampliação do Píer 2 do terminal portuário, para atender às demandas de produção e exportação.
Hidrogênio verde em Pecém
Além disso, o Complexo de Pecém tem recebido diversos outros investimentos seguindo o propósito de desenvolver o hub de hidrogênio. Entre eles está o projeto da empresa australiana Fortescue, para a criação de uma usina visando a produção de hidrogênio verde. Aprovado em outubro, a previsão de investimentos é de R$ 17,5 bilhões, com as instalações iniciando ainda em 2024 na ZPE (Zonas de Processamento de Exportação) de Pecém. O início das operações está previsto para agosto de 2028.
Além de novos empreendimentos o complexo cearense vem investindo em parcerias comerciais. Uma delas é o recém-assinado tratado dos portos do Pecém, Roterdã, nos Países Baixos e Duisport, na Alemanha, para a expansão do Corredor Verde.
O pacto foca no transporte de combustíveis sustentáveis, como o e-metanol e a amônia verde, visando alcançar objetivos de descarbonização e segurança energética. Além disso, o acordo garante o compromisso de ambos os portos europeus de apoiar e desenvolver projetos em Pecém para transição energética no Brasil.
Lançado em abril de 2024, o Livable Planet Fund é um fundo do Banco Mundial que permite com que governos, filantropos e outros parceiros possam contribuir e ajudar projetos que vão em direção ao combate aos desafios globais.
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