Na Bahia, Tecon Salvador investe R$ 24 milhões em equipamentos elétricos

Os tratores elétricos comprados pelo Tecon Salvador evitam a emissão de carbono na atmosfera
Diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço, diz que a empresa pretende ter toda a frota elétrica num prazo de cinco anos. Foto: Divulgação/Tecon Salvador

O Tecon Salvador dá mais um passo no sentido de descarbonizar a sua operação. A empresa importou 12 tratores de pátio elétricos, duas reach stackers (empilhadeiras de contêineres) e uma side loader, um guindaste de içamento combinado com um reboque ou caminhão. O investimento foi de R$ 24 milhões. “Os tratores são movidos a baterias com emissão zero de carbono o que ratifica o nosso compromisso com o meio ambiente. Isso faz toda a diferença”, diz o diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço. 

A intenção da empresa, segundo Demir, é substituir toda a frota existente no terminal por equipamentos elétricos num prazo de cinco anos. A incorporação dos 12 tratores a atual frota significa que 341 toneladas de emissões de carbono (CO2) deixarão de ser emitdas por ano, segundo os cálculos da empresa.

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E essa não é a primeira experiência com este tipo de equipamento. Conhecidos como RTGs, os transtêineres utilizados no terminal  baiano são totalmente elétricos e geram um pouco de energia para compensarem o seu próprio consumo. “Foram os primeiros elétricos no Brasil”, afirma Demir, se referindo aos equipamentos comprados em 2011.  A empresa já compra energia limpa no mercado livre produzida por geração eólica e solar. 

Além de não jogarem carbono na atmosfera, os equipamentos apresentam novidades tecnológicas e vão trazer conforto e ergonomia para os nossos colaboradores”, como argumenta Demir. “Os tratores também não emitem ruídos”, conta. Unidade de negócios do Grupo Wilson Sons, o terminal funciona 24 horas por dia de domingo a domingo, sendo uma atividade intensiva em mão de obra.

Os nossos investimentos em equipamentos são contínuos”, comenta Demir. Equipamentos mais ágeis estão relacionados com outro fator direto que os terminais têm que se preocupar: o aumento da produtividade, que reduz a permanência do navio no terminal, gerando menos custos para os clientes, que são os donos dos navios (armadores). Isso também contribui para que não ocorram atrasos nas escalas posteriores que serão realizadas em outros portos. 

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No começo de janeiro deste ano, o Tecon Salvador atingiu o recorde de 110 contêineres movimentados por hora (mph – embarque e descarga) durante a operação do navio Corcovado, atracado no novo cais  que tem o nome de Santa Dulce dos Pobres. O último recorde registrado pela empresa ocorreu em janeiro de 2018 com 102 mph. 

O Tecon Salvador

Dono do Tecon Salvador,  o Grupo Wilson Sons é o maior operador integrado de logística portuária e marítima do Brasil, com uma trajetória de mais de 185 anos, nascido em Salvador, na Bahia. O conglomerado começou a operar o terminal em 2000 depois de vencer uma licitação realizada em 1999. A holding tem mais de 5 mil clientes.

Entre 2000 e 2022, a Wilson Sons investiu mais de 1 bilhão no Tecon Salvador, localizado no Porto de Salvador. Desse total, R$ 443 milhões foram empregados entre 2018 e 2020. A expansão segue em andamento e deve demandar investimentos de mais R$ 715 milhões até 2050 (realizados com 100% de recursos próprios).

Depois das últimas melhorias, a capacidade de receber carga em pátio saiu de 430 mil TEUs para 553 mil TEUs por ano. O TEU é uma medida equivalente a um contêiner de 20 pés.  A previsão da empresa é de ampliar essa capacidade para 925 mil TEUs. 

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