Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aponta que o município de Caiçara do Norte, no litoral potiguar, é o local de maior viabilidade técnica à instalação do porto-indústria. O equipamento é essencial à viabilidade de projetos de energia eólica offshore (no mar) e exportação de hidrogênio verde (H2V).
A pesquisa foi realizada pela UFRN por meio de uma parceria com o Governo do Estado, que investiu na contratação dos estudos para balizar uma tomada de decisão técnica. O equipamento terá condições de começar a funcionar em meados de 2026.
O professor Mario Gonzalez, do Departamento de Engenharia da Produção da UFRN, coordenou a pesquisa, cujos resultados apontaram que Caiçara do Norte é a cidade que melhor atende aos critérios para instalação do porto-indústria, que deve gerar, ainda na primeira fase de operação, pelo menos 50 mil empregos no estado.
“Na primeira fase já teremos o cais, uma retroárea definida, a fabricação de peças e componentes, indústrias instaladas de operação e manutenção, que gera muitos empregos, porque são serviços. Portanto, já estará funcionando”, esclarece Hugo Fonseca, coordenador do Desenvolvimento Energético da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec).
“A transição energética é uma agenda irreversível, e acho que o Rio Grande do Norte não pode perder essa oportunidade. Vai ser muito desafiador, mas não vamos nos acomodar, temos que ter ousadia para pensar no melhor, primeiro para o povo do Rio Grande do Norte, depois para no que isso vai projetar o Brasil”, enfatizou a governadora Fátima Bezerra (PT), dizendo que “é papel nosso pensar nas gerações futuras”.
Além da geração de empregos, a chefe do Executivo estadual aponta que a construção do porto-indústria trará “protagonismo” ao Rio Grande do Norte na transição energética no país, avançando na produção de energia sustentável. Dada a importância do projeto, Fátima Bezerra afirmou que levará o assunto ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB).
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