Draga começa a operar no Porto do Recife

Da redação A draga holandesa Lelystad começou a operar no último sábado no Porto do Recife. A previsão é que a draga conclua o serviço de desassoreamento de todos os trechos previstos, em 40 dias. Atualmente, o Porto do Recife conta com apenas sete metros de profundidade e com a dragagem deve alcançar 12 metros. […]

Da redação

A draga holandesa Lelystad começou a operar no último sábado no Porto do Recife. A previsão é que a draga conclua o serviço de desassoreamento de todos os trechos previstos, em 40 dias.

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Atualmente, o Porto do Recife conta com apenas sete metros de profundidade e com a dragagem deve alcançar 12 metros. Isso vai permitir que navios com maiores calados e tonelagem possam atracar.

O presidente do porto, José Lindoso estima aumento na movimentação de cargas entre 20% a 30%. Ele diz que desde que a dragagem foi confirmada, cresceu a procura por áreas ociosas no porto.

“Hoje nós temos uma demanda que não podemos atender devido a profundidade do nosso cais não suportar navios de maior tonelagem. O açúcar que exportamos tem um crescimento previsto de cerca de 40%. Os fertilizantes que importamos principalmente da Bélgica tem uma expectativa de 20% de incremento. O milho que abastece a avicultura do Estado e da Paraíba também crescerá cerca de 40%. A barrilha, um dos principais produtos que movimentamos na capital pernambucana, tem previsão de 30% de crescimento. O material metalúrgico, que apresentou um crescimento de 172,53% em 2021, possui uma expectativa de incremento de 10%”, calcula José Lindoso, presidente do ancoradouro.

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A draga holandesa Lelystad começou a operar no último sábado no Porto do Recife/foto

Ele analisa que a nova fase do Porto do Recife, que se inicia com a obra de dragagem, tornará o terminal ainda mais atrativo para novos investidores. “Temos recebido ofertas para ocupação de áreas livres, pátios e armazéns”, revela.

A obra

A obra consiste em dragagem, serviço de desassoreamento e desobstrução dos berços de atracação, canais de acesso e bacias de evolução. Do berço 00 ao 01, será aprofundado para 10 metros de profundidade; do berço 02 ao 06 para 11 metros de profundidade; e do trecho do berço 07 ao 09 para os 8 metros de profundidade.

Os trechos mencionados chegarão às profundidades máximas, na maré alta, de 12,70m, 13,70m e 10,7m respectivamente. Serão aproximadamente 832.200 mil metros cúbicos de sedimentos dragados do cais acostável, canal interno e bacia de evolução.

Histórico

No final de 2019, o Governo do Estado e a União, com interveniência da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e a interveniência executora da Porto do Recife S.A, assinaram um Termo de Compromisso com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a execução das obras de dragagem do cais acostável

Em junho de 2021 foi publicado no Diário Oficial do Estado o aviso de licitação para contratação de empresa que executará a obra do ancoradouro recifense. O certame foi realizado dentro do que preconiza a Lei nº 13.303 (Lei das estatais). Depois do processo de abertura das propostas e sessão de lances, a empresa holandesa Van Oord foi contratada para o serviço.

A Royal Van Oord é uma empresa holandesa de contratação marítima especializada em dragagem, recuperação de terras e construção de ilhas artificiais.

Foram contratadas também através de licitação as empresas Eicomnor e DBF para realizar a supervisão de obra e monitoramento ambiental, respectivamente. O recurso federal destinado para todas as etapas da obra ficou na ordem dos R$ 28.387.413,54 (vinte e oito milhões, trezentos e oitenta e sete mil, quatrocentos e treze e cinquenta e quatro centavos). Após a finalização do serviço de dragagem, o calado ainda passará por uma homologação da Marinha do Brasil.

O último desassoreamento realizado no ancoradouro da capital pernambucana foi no ano de 2012. Uma prioridade de todas gestões que passaram pelo Porto do Recife foi a realização deste serviço, devido a importância da obra para as operações no terminal. A falta de uma dragagem acarretou numa diminuição da competitividade do ancoradouro recifense frente aos outros terminais. Com a obra, o Porto do Recife inicia uma nova fase com perspectiva de ampliação das operações e atração de novos investimentos.

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