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Porto do Recife encerra 2021 com crescimento tímido, mas faz aposta em dragagem

Nos próximos dias chega ao terminal portuário a draga que vai promover ajuste na sua profundidade e deve trazer incremento de 25% a 30% na sua receita Por Patrícia Raposo O Porto do Recife encerrou 2021 com alta de 1,96% na movimentação de cargas. Diante do desempenho do ano anterior, quando houve uma retração de […]

Nos próximos dias chega ao terminal portuário a draga que vai promover ajuste na sua profundidade e deve trazer incremento de 25% a 30% na sua receita

Draga chega nos próximos dias ao Porto do Recife. Obra vai permitir atração de navios com maior calado/Foto: Coordenadoria de Imprensa do Porto do Recife

Por Patrícia Raposo

O Porto do Recife encerrou 2021 com alta de 1,96% na movimentação de cargas. Diante do desempenho do ano anterior, quando houve uma retração de -9,28% nesse indicador, o crescimento tímido do ano passado foi recebido com otimismo pela direção.

Naquele ano, porém, o porto registrou seu primeiro superávit depois de vários anos fechando no negativo, com crescimento de 12% na receita. Em 2019, o  prejuízo havia sido de 7%, e, em 2018, de 32%. No ano passado, o bom desempenho se repetiu: o crescimento foi de 11,7%, deixando saldo de R$ 26,8 milhões.

Essa mudança de cenário é resultado de um bem sucedido um plano de demissão voluntária: em 2020, a folha de pagamento foi reduzida em 29% – em 2019 a adesão havia sido de 34%. “Além da folha, cortamos várias despesas terceirizadas e renegociamos contratos”, diz o presidente do porto, José Lindoso.

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Em 2021, o Porto do Recife movimentou 1.306.452 toneladas. O que predomina no ancoradouro recifense são as cargas importadas e elas cresceram 8,66%, o que ajudou no resultado positivo do ano. As cargas importadas totalizaram 1.034.410 toneladas, superando as 951.931 do ano de 2020.

Destaques

E o açúcar seguiu com a posição de destaque. Depois vieram malte de cevada, milho e material metalúrgico. Foram 317.395 toneladas movimentadas, sendo 136.235 de açúcar a granel e 181.160 do ensacado. Em comparação com o ano anterior, o açúcar a granel cresceu 51,59% e o ensacado 14,44%. O açúcar é o principal produto de exportação do Porto do Recife, saindo das usinas do Estado e chegando a países como Estados Unidos, Canadá, Romênia e, o principal exportador, o continente africano.

José Lindoso aponta melhor cenário para o Porto do Recife em 2022/Foto: Coordenadoria de Imprensa do Porto do Recife

Já o malte de cevada ficou em segundo na movimentação com 248.822 toneladas descarregadas e 18,29% de crescimento. O destino do produto é o polo cervejeiro, atendendo as indústrias como AmBev, Heineken e Petrópolis.

O terceiro produto mais movimentado foi o milho. A carga abastece as indústrias avícolas pernambucanas como Mauricéa, Notaro e Asa, assim como a Guaraves, que fica na Paraíba. No ano de 2021 foram 81.978 toneladas de milho movimentadas no ancoradouro recifense, o que representou um crescimento de 32,20% em comparação com 2020.

O material metalúrgico ficou na quarta colocação, mas teve o maior crescimento acumulado. Foram 23.691 toneladas em comparação com 8.693 toneladas em 2020, alta de 172,53%. As bobinas de aço compõem essa categoria e abastecem a indústria metalúrgica do Estado.

Dragagem

Agora, o ancoradouro está na expectativa da conclusão da sua dragagem. A obra, muito esperada, deve ser concluída neste semestre. Nos próximos dias chega ao terminal portuário a draga que vai promover ajuste na sua profundidade. Hoje o Porto do Recife está com apenas sete metros de profundidade e com a dragagem deve alcançar 12 metros. Isso vai permitir que navios com maiores calados e tonelagem possam atracar.

“A dragagem também vai permitir aos navios que hoje fazem o transporte de açúcar sair daqui com sua capacidade máxima”, explica Lindoso. Atualmente, esses  navios usam apenas dois terços da sua capacidade e completam o restante embarcando açúcar na Paraíba. Nessa situação, perde o porto e perdem os armadores. Com a previsão de dragagem concluída no prazo de 60 dias, a tendência é de redução de custos e de aumento na movimentação de cargas. “Devemos crescer de 20% a 30%”, estima Lindoso. Ele diz que desde que a dragagem foi confirmada, cresceu a procura por áreas ociosas no porto. “Temos recebido ofertas para ocupação de áreas livres, pátios e armazéns”, revela

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