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Decisão da Bemisa sobre ramal ferroviário, consolidará Suape como hub port

O projeto, que depende da logística ferroviária para ser viabilizado, deve integrar mina, ferrovia e porto O interesse do Grupo Bemisa em concluir o ramal de Suape da Transnordestina tem potencial de colocar Pernambuco em lugar de destaque no trilho do desenvolvimento econômico. De acordo com diversos atores do setor produtivo do Estado ouvidos pelo […]

O projeto, que depende da logística ferroviária para ser viabilizado, deve integrar mina, ferrovia e porto

O interesse do Grupo Bemisa em concluir o ramal de Suape da Transnordestina tem potencial de colocar Pernambuco em lugar de destaque no trilho do desenvolvimento econômico. De acordo com diversos atores do setor produtivo do Estado ouvidos pelo Movimento Econômico, além de ser crucial para a consolidação do Porto de Suape como hub de várias cargas na Região, uma vez que a mineradora também revelou sua intenção de construir seu terminal de minérios no porto pernambucano, a Transnordestina deve ser um divisor de águas para a economia do Nordeste como um todo.

Foto: Rafael Medeiros

O diretor da operadora portuária Agemar, Manoel Ferreira, acredita que além de dobrar a capacidade de movimentação do Porto de Suape, com a inserção de um terminal de minérios, o ramal pernambucano da Transnordestina tem potencial de levar desenvolvimento econômico não apenas para Pernambuco, mas para todo o Nordeste.

“Depois de pronto, esse ramal pode ser interligado com outras ferrovias da Região e fazer crescer a nossa malha ferroviária, que hoje é de apenas 20%. Além disso, o modal ferroviário é de extrema importância quando integrado a outros modais, como a cabotagem. No fim, vai reduzir o custo do produtor, do exportador e consumidor final caso esse ramal seja de fato viabilizado”, analisa Ferreira.

Para Avelar Loureiro Filho, presidente do Movimento Pró-Pernambuco, o binário BR 232/Transnordestina e as obras de irrigação oriundas do Rio São Francisco são as linhas mestras do desenvolvimento econômico e social do estado. “Torço para que seja real a conclusão da Transnordestina. Se for, muda as perspectivas de Suape. Os ciclos econômicos são algo saudáveis. Felizes as sociedades que sabem surfar e mudar de direção quando eles mudam. O hidrogênio verde pode também ser uma oportunidade que alavancará este equipamento. Pernambuco, talvez, esteja entrando em uma boa ‘onda'”, acredita o empresário.

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“A chegada do terminal de minérios consolida ainda mais Suape como hub de várias cargas para o Nordeste. É muito importante que a Bemisa tenha demonstrado o interesse tanto na ferrovia como no terminal de minérios, consolidada mais uma atividade importante no Porto de Suape”, comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio.

Em nota, a Bemisa confirma que requereu autorização, nos termos da Medida Provisória nº. 1.065, de 30 de agosto de 2021, para desenvolver estudos para implantação de uma nova ferrovia que ligará o Município de Curral Novo do Piauí, no estado do Piauí, ao Complexo Portuário de Suape no estado de Pernambuco. Segundo o comunicado da mineradora, o projeto, que depende da logística ferroviária para ser viabilizado, deve integrar mina, ferrovia e porto.

“O Projeto Planalto Piauí possui mais de 1 bilhão de toneladas de minério de ferro magnetítico certificadas e movimentará 16 milhões de toneladas por ano, de um Pellet Feed premium, sendo sua licença de instalação concedida pelo Estado do Piauí e a concessão de Lavra emitida pela Agência Nacional de Mineração.”, finaliza de forma suscinta o comunicado da Bemisa.

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