Suape terá primeiro nivelamento do canal interno de sua história

Obra é uma de várias que acontecem no complexo industrial até o fim deste ano. No total, investimento é de R$ 59 milhões de recursos próprios da estatal pernambucana. Por Juliana Albuquerque Suape vai realizar o primeiro nivelamento do canal interno da história do Porto pernambucano. A ação é uma das principais projetadas para acontecer […]

Obra é uma de várias que acontecem no complexo industrial até o fim deste ano. No total, investimento é de R$ 59 milhões de recursos próprios da estatal pernambucana.

Obras realizadas no molhe que protege o porto externo do Porto de Suape. Foto: Divulgação

Por Juliana Albuquerque

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Suape vai realizar o primeiro nivelamento do canal interno da história do Porto pernambucano. A ação é uma das principais projetadas para acontecer até o fim deste ano, quando o complexo portuário triplica o valor de investimento em relação ao ano de 2020 e deve investir cerca de R$ 59 milhões em obras de manutenção e requalificação do local. Além dessa, estão em andamento a restauração estrutural do molhe que protege o porto externo (área que abriga quatro píeres e o Cais de Múltiplos Usos (CMU), para operação de carga e descarga); recuperação do Píer de Granéis Líquidos (PGL-2) e construção de nova torre de controle (base local onde é realizada a gestão do tráfego das embarcações).

Diretor-Presidente de Suape, Roberto Gusmão
Foto: Divulgação

“Como nunca foi feito nenhum nivelamento desse solo do canal interno, foi verificado que o local tem áreas com profundidade diferentes, entre 15 e 13,5 metros. Por isso, visando melhorar a navegabilidade dos navios que entram no porto interno, vamos nivelar esse fundo em uma única profundidade”, comenta o diretor-presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão.

Ele se mostra animado diante desse novo ciclo de investimentos próprio da estatal, inclusive, no que tange a incorporação de novas tecnologias para otimizar o funcionamento do ancoradouro. “Temos em andamento uma parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) que vai abranger um processo de inovação digital importante. É o desenvolvimento de uma plataforma única que integre a operação, armação e armazém em um único espaço digital. O investimento nessa nova tecnologia é de R$ 5 milhões e estimamos que até o fim deste ano possamos viabilizar esse aplicativo físico-digital para otimizar toda a operação no porto”, adianta Gusmão.

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Ainda segundo o diretor-presidente de Suape, para se adaptar aos tempos tecnológicos, o Porto de Suape também vai investir na capacitação de mão de obra dos oito municípios do seu entorno. Para tanto, aportou R$ 1,5 milhão em uma parceria com o Sebrae que vai atuar no treinamento desse grande arranjo produtivo para 280 moradores da região.

Também integra a gama de investimentos do complexo industrial a construção de uma nova torre de controle, projeto concebido a partir de um modelo escolhido pelos funcionários em votação interna. Segundo o diretor de engenharia do Porto, Cláudio Valença, trata-se de um projeto arrojado que dará maior conforto, modernidade e celeridade ao trabalho desenvolvido pela equipe que atua no controle de entrada e saída de navios. “A estrutura terá 269,40 metros quadrados de área, com três pavimentos, divididos em várias salas, como a de controle de tráfego, de coordenação, de administrativa, de arquivo e da tecnologia da informação, além de espaço para a praticagem, mirante, estacionamento, copa, vestiário, banheiros, área de convivência dos funcionários, depósito e guarita”, revela o diretor de Engenharia de Suape.

Troca de defensa no Porto de Suape. Foto: Divulgação

Manutenção

Com a ideia que não baste criar, mas que tem que conservar o que se tem, o Porto de Suape está realizando a manutenção das peças de grande porte de suas estruturas portuárias. Neste mês, o Píer de Graneis Líquidos 3 (PGL-3), responsável por operações de petróleo, diesel e de gás de cozinha, além das operações ship to ship (transferência de cargas de navio para navio), foi beneficiado com a troca de duas defensas, peças responsáveis por absorver o impacto da embarcação durante a atracação no cais. O PGL-3 é dividido em A e B, sendo o segundo mais próximo do final do molhe de abrigo e, por isso, a troca da defensa ocorreu com um plano de logística que içou a peça pelo mar. No total, há 72 equipamentos do tipo no porto e a manutenção acontece no prazo de até 18 meses. Até o final do ano, mais 20 defensas serão substituídas. Troca de boias de sinalização e recuperação de itens como os cabrestantes de atracação dos PGLs são outras intervenções em curso. Haverá, ainda, manutenção da sinalização náutica dos cabeços e píeres do porto.

Sustentabilidade

Como a sustentabilidade é um dos principais pilares que baseiam toda a operação do Porto de Suape, Roberto Gusmão afirma que também estão sendo destinados recursos desse orçamento para essa finalidade. “Estamos além de executando a drenagem de águas pluviais que estavam ficando empossadas em partes das vias portuárias, assim como atuando no reflorestamento de mais de 8 mil hectares da região onde o porto está localizado”, finaliza.

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