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Paraíba: conheça as principais empresas sob recuperação judicial no estado

Na Paraíba, os casos de recuperação judicial são encaminhados à Vara de Feitos Especiais, na Comarca de João Pessoa
Na Paraíba, os casos de recuperação judicial são encaminhados à Vara de Feitos Especiais/Foto: Pixabay

Ao longo de 2022, o país registrou 833 pedidos de recuperação judicial – a maioria no setor de serviços – segundo a Serasa Experian. O processo de recuperação é a última possível saída para empresas endividadas evitarem a falência, mantendo as operações das empresas e “pausando” as dívidas por seis meses para negociar com os credores. 

Na Paraíba, os casos são encaminhados à Vara de Feitos Especiais, na Comarca de João Pessoa, sob responsabilidade do juiz Romero Carneiro Feitosa. Atualmente, ele está à frente de inúmeros processos ativos, mas destacam-se os da Construtora Planc, Atacadão dos Eletros, James Lawrence Developments (JLD) – responsável pelo condomínio “Brisas de Coqueirinho” – e Unimed Norte-Nordeste, que iniciou os trâmites em 2020, devendo quase R$ 240 milhões.

“A importância social está à frente do viés financeiro. Afinal, são empresas com inúmeras pessoas envolvidas e empregos gerados. No exemplo da construtora, são muitas famílias de vários empreendimentos que depositaram ali uma vida inteira de trabalho. Já no caso do plano de saúde, temos credores de várias partes do país, pois os pacientes se consultam com especialistas em diversos estados. Logo essas clínicas e esses hospitais nos procuram para receber seus repasses”, exemplificou o juiz. 

Transparência

Para o especialista em Administração Financeira Horácio Forte, o período de carência é o principal mecanismo para recuperação dos danos financeiros. “A primeira atitude é ter transparência. É importante ser claro com os fornecedores e, principalmente, com os clientes, gerando, assim, confiança e credibilidade. Esse fator é importante para o segundo passo, que é aproveitar o tempo de suspensão das dívidas para fazer caixa”, disse o economista e presidente da H. Forte Soluções Educacionais, associada à Fundação Dom Cabral (FDC).

Horácio também explicou que o pedido de recuperação judicial não representa uma sentença de morte para as empresas que endividadas. “Casos como o das Lojas Americanas costumam ter uma grande repercussão pelo tamanho e a história quase centenária da empresa e os valores das dívidas, porém, no dia a dia, temos muitas médias e pequenas empresas Brasil afora que usam desse mecanismo para negociar suas pendências. O melhor é que a taxa de sucesso é alta. Muitas conseguem dar a volta por cima depois de alguns anos de recuperação”, concluiu o economista.

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