Terminal de Granéis Sólidos de Suape é concedido à iniciativa privada
Por Samuel Santos
O Consórcio SUA Granéis, formado pelas empresas Loxus, de Imbituba – Santa Catarina, Marajó Logística, da Paraíba, e a pernambucana Agemar, foi o vencedor do leilão de arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), equipamento que integra o porto localizado no Litoral Sul pernambucano. O evento, promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), foi realizado nesta quarta-feira (30), na B3, em São Paulo. O terminal, com capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano, foi arrematado por R$ 15 mil, em proposta única.
O TGSS foi projetado para movimentar granéis vegetais e minerais, além de cargas de outros segmentos. Com os investimentos previstos, a expectativa é ampliar a oferta de produtos como coque de petróleo e açúcar ensacado e investir em novos granéis, como como a barrilha, matéria prima para a fabricação do vidro.
O presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão, acredita que a privatização do setor vai fazer com que o porto se torne um dos mais relevantes do país. “Tenho certeza de que essa concessão vai fazer com que Suape triplique a sua movimentação de cargas e acredito que em até cinco anos vamos nos tornar o principal porto do Norte-Nordeste”, destacou.
A área concedida à iniciativa privada tem 72 mil metros quadrados e como arrendatária, a SUA Granéis terá que realizar investimentos para ampliar a capacidade estática mínima total para 12 mil toneladas. As empresas vencedoras também deverão adquirir sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade de 549 toneladas por hora e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.
Apesar do baixo valor de outorga, o volume de investimentos no ancoradouro por parte do consórcio vencedor segue em R$59, 8 milhões. “Ficamos felizes com o resultado, pois vai diversificar ainda mais a movimentação e incrementar a receita de Suape de forma significativa. O valor da outorga não muda as regras do jogo, ou seja, o montante previsto terá que ser aplicado. Isso é que vai garantir, inclusive, a geração de emprego e renda na região”, pontua o diretor-presidente do Complexo Industrial e Portuário de Suape, Roberto Gusmão, que acompanhou o leilão na B3.
O terminal licitado estava concedido à empresa pernambucana M&G Caetano, que desde 2020 administra o espaço sob contrato de transição. Como vencedora do leilão, a SUA Granéis poderá explorar o TGSS por 25 anos, após a celebração do contrato, previsto para acontecer ainda neste ano e início das operações em 2024.
Mais concessões em Suape
Outras áreas de Suape também devem ir a leilão. “O terminal de regaseificação deverá ter o mesmo destino de concessão da área por arredamento. Estamos com um uma licitação temporária até finalizarmos o contrato definitivo de arredamento para que o espaço também vá a leilão”, completa o presidente de Suape.
O arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos de Suape integra o combo da 1º leva de privatizações do setor portuário realizada pelo governo federal. No mesmo evento foram leiloados a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) e os terminais portuários PAR 32, em Paranaguá (PR) e o STS 11, em Santos- SP. Também foram assinados os contratos de concessão de terminais localizados em Salvador (BA), Fortaleza (CE), Santana (AP), Imbituba (SC) e Belém (PA), que já tinham sido leiloados em outra oportunidade.
*Matéria atualizada às 19h02