Escassez de mão de obra afeta setor de alimentação no Ceará

Mais de 65% dos restaurantes cearenses não recuperaram faturamento pré-pandemia, segundo a Abrasel  Por Waleska Saraiva Além de enfrentar dificuldades para recuperar os níveis de faturamento pré-pandemia, os bares e restaurantes do Ceará sofrem com escassez de mão de obra. Segundo a Abrasel-CE (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 70% dos restaurantes de Fortaleza estão […]

Mais de 65% dos restaurantes cearenses não recuperaram faturamento pré-pandemia, segundo a Abrasel

 Por Waleska Saraiva

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Além de enfrentar dificuldades para recuperar os níveis de faturamento pré-pandemia, os bares e restaurantes do Ceará sofrem com escassez de mão de obra. Segundo a Abrasel-CE (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 70% dos restaurantes de Fortaleza estão com dificuldades para equilibrar o faturamento e a falta de mão de obra tem sido um fator que vem complicando a recuperação dos níveis de receita, conforme o presidente da entidade, Taiene Righetto.

“Há também restrições que prejudicam o setor alimentício, como o aumento dos insumos devido à elevada inflação no país”, disse Righetto. Os cargos com maior dificuldade de reposição são cozinheiros, gerentes e chefes.

Segundo dados da Abrasel nacional, uma em cada cinco (20%) diz estar com dificuldade para recrutar mão de obra. Quase metade dos que tentam contratar um cozinheiro, por exemplo, relataram problemas para encontrar alguém preparado para assumir a função.

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“Muitos trabalhadores demitidos durante a pandemia se mudaram ou encontraram uma nova forma de renda – não à toa, o número de MEIs (microempreendedores individuais) cresceu muito nos últimos 18 meses”, diz o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

Além disso, muitas empresas do setor estão com pagamentos em atraso (56%), o que dificulta a retomada. Em agosto, dos estabelecimentos respondentes que estão no Simples (88%), mais da metade (51%) deve ao menos uma parcela.

Escassez de mão de obra afeta setor de bares e restaurantes

No Ceará, aproximadamente 68% do setor trabalha atualmente tentando equalizar as contas devido às dívidas provenientes da pandemia. “Tivemos a ajuda do Pronampe naquele momento em que os estabelecimentos tiveram que manter-se fechados, mas, agora, a conta está vindo’’, disse Righetto. O estado do Ceará conta hoje com 10 mil estabelecimentos formalizados e emprega aproximadamente 70 mil colaboradores.

O Pronampe (Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), foi uma iniciativa do Governo Federal para ajudar no enfrentamento dos impactos causados pela Covid-19, contemplando pequenos e médios negócios brasileiros.

Segundo Righetto, esse conjunto de fatores faz com que grande parte do setor não realize contratações extras neste fim de ano de 2021.

Recentemente, a associação criou uma campanha a favor da vacinação, divulgada por meio das redes sociais. Com o cenário de vacinação avançando no país, o presidente da Abrasel acredita que a nova variante Ômicron não vá se perpetuar. ‘’Preocupa, mas acredito que não vá prejudicar o setor’’, pontua ele.

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