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Estudo mostra que PET polui menos que vidro e alumínio

“Sob a luz da ciência, o plástico não é pior do que o vidro e o alumínio”, ressalta Auri Cesar Marçon, presidente executivo da Abipet
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PET/Foto: Imagem de Janaina Caixeta Jana93 por Pixabay

Um estudo inédito, coordenado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), avaliou o impacto ambiental das garrafas de poliéster. O trabalho fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de três tipos de líquidos – água, refrigerante e óleo comestível -, entre os quais predominam PET, alumínio e vidro. A conclusão surpreendeu.

Denominado “Avaliação do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos”, o estudo levou quase dois anos para ser concluído. Analisadas sob 12 categorias de impacto – Mudanças Climáticas, Acidificação, Ocupação do Solo, Material Particulado, Ecotoxicidade, Consumo de Água, Depleção da Camada de Ozônio, Eutrofização, Toxicidade Humana, Formação de Ozônio Fotoquímico, Recursos Minerais e Combustíveis Fósseis – as garrafas de resina de poliéster comprovaram ter menor impacto ao longo de seu ciclo de vida – da produção ao descarte – do que suas concorrentes de vidro e alumínio.

“Sob a luz da ciência, o plástico não é pior do que o vidro e o alumínio”, ressalta Auri Cesar Marçon, presidente executivo da ABIPET. O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens, através da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores. Entre estas, algumas contam com endereço em Suape, como Alpek, Indorama, Valgruop, Amcor e Bunge.

O estudo considerou um litro como unidade padrão para estabelecer as comparações entre embalagens de PET, vidro e alumínio. Assim, um caminhão carregado com garrafas de vidro, por exemplo, leva o correspondente a 50% em líquido e 50% em embalagens. No caso das garrafas PET, a proporção é impressionantemente inferior: 2% são PET e o resto é produto.

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PET/Foto: Imagem de Hans por Pixabay

 Censo da Reciclagem do PET

Mas o alumínio ainda é o produto mais reciclado, numa taxa de 98,7%, contra 56,4% da PET e 40% do vidro. A facilidade de comprimi-lo ajuda o trabalho dos coletores de latinhas. Algo mais difícil de fazer com garrafas PET. Embora perca para o alumínio, as garrafas PET têm no Brasil um dos percentuais de reciclagem mais altos do mundo. De todo modo, a ABIPET já colocou nas ruas uma campanha para estimular a coleta e reciclagem e está disposta a elevar esse percentual nos próximos anos.  

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De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, o percentual 56,4% de reciclagem no País decorre da evolução do uso do material reciclado entre as empresas usuárias da embalagem e o seu compromisso com a circularidade, reduzindo assim a necessidade de matérias-prima virgens.

Da fase de coleta do material descartado pelos consumidores até a fabricação de uma grande lista de produtos que utilizam a resina reciclada, a reciclagem de embalagens PET já fatura R$ 3,6 bilhões. Aproximadamente 40% desse faturamento total fica na base da cadeia, na fase da coleta, entre catadores, cooperativas e sucateiros, segundo a ABIPET.

O principal consumo da resina PET reciclada – 29% do total – ocorre justamente entre os fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, além de produtos de limpeza e cuidados pessoais.

“O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência quanto por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em técnicos e indicadores cientificamente aceitos. Só assim será aspectos possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e informações distorcidas, com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente”, afirma Marçon.

Segundo Marçon, essa indústria se utiliza do processo conhecido como bottle to bottle, principalmente em decorrência do aumento da produção de embalagens em grau alimentício (food grade), segmento exclusivo do PET reciclado por determinação da ANVISA, que nos últimos anos mostrou uma grande evolução tecnológica, garantindo qualidade e saudabilidade.

“O PET também apresenta uma série de benefícios ao longo de toda a cadeia produtiva, da indústria ao consumidor final. Como material de embalagem, atende inúmeras exigências técnicas e de saudabilidade, que protegem alimentos e bebidas com muita eficiência. Isso acontece em razão das características do produto, como leveza, transparência e resistência, tanto mecânica quanto química”, diz o estudo.

Engajando ESG

Como forma de engajar a comunidade local em discussões sobre sustentabilidade e responsabilidade social, projeto Somos Uôge abriu inscrições para seus painéis, talks e workshops especiais no dia 18 de outubro, no Mirante do Paço, no Bairro do Recife. A iniciativa da PRO Live Marketing chega como o maior evento sobre ESG (governança ambiental, social e corporativa) do Recife para inspirar mudanças comportamentais positivas na região. Interessados em conferir todos os detalhes podem realizar inscrições através do site (https://somosuoge.com.br/).

Representante comercial

Nesta terça-feira, dia 1°, comemora-se o Dia do Representante Comercial, profissão oriunda dos antigos mascates e caixeiros viajantes. E para celebrar a data, o Conselho Federal dos Representantes Comerciais (Confere) e o Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado de Pernambuco (Core-PE) escolheram o Recife para sediar a palestra com o José Ricardo Noronha, CEO da Paixão por Vendas, e considerado um dos maiores especialistas em vendas da América Latina. O evento será realizado na sede do Senac, no Recife, a partir das 18h.

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