IBGE: produção industrial cresceu 3,9% em 2021

Destaques foram Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná. Nordeste sofreu queda de -6,2%, com peso negativo da Bahia (-13,2%)
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

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Produção de veículos foi um dos destaques positivos da indústria paulista – FOTO; Pixabay

Agência Brasil

A industria brasileira encerrou 2021 com um aumento de 3,9% na sua produção, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra ainda que houve crescimento em 9 dos 15 estados avaliados.

“O saldo de 2021 foi positivo, mas foi volátil durante os meses. No primeiro semestre, a trajetória foi mais crescente, e o ganho acumulado chegou a ser de 13%. Mas, no segundo semestre, houve perda de fôlego e a produção teve uma sequência de quedas”, disse, em nota, o gerente da PIM Regional, Bernardo Almeida. Entre novembro e dezembro do ano passado, a produção industrial aumentou em 10 dos 15 locais pesquisados.

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Destaques

Os resultados de Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9%), se destacaram em 2021 como os primeiros em crescimento absoluto, além de São Paulo (5,2%), que detém a maior influência na expansão de 2021, devido ao tamanho e ao peso do parque industrial paulista.

Das 18 atividades da indústria paulista, 11 cresceram no ano, com destaque para o setor de veículos, onde caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques foram os mais relevantes. “O setor de máquinas e equipamentos, com aumento na produção de escavadeiras, rolamentos para equipamentos industriais e carregadoras-transportadoras, também contribuiu”, afirmou Almeida.

Já em Santa Catarina, de acordo com o IBGE, o vestuário impulsionou o crescimento, com alta na produção de camisas e blusas femininas de malha e na produção de vestidos de malha. A metalurgia também colaborou, registrando aumento em artefatos e peças de ferro fundido.

Setores

Minas Gerais, segunda influência positiva nacional, também contou com alta da metalurgia que apresentou aumento na produção de ferronióbio e na siderurgia. Com maior produção de minério de ferro, o setor extrativo também foi relevante para a indústria mineira em 2021. A principal influência porém, veio do setor de veículos, onde caminhão-trator para reboques e veículos para transportes de mercadorias impulsionaram a produção.

A terceira maior expansão no absoluto e também a terceira maior influência no resultado anual nacional ficou com o Paraná, puxado pelo setor de máquinas e equipamentos. A indústria paranaense teve aumento na produção de máquinas para colheita e de tratores agrícolas. O setor de veículos, com avanço na produção de caminhão trator para reboques e caminhões e automóveis, também contribuiu para o aumento no estado.

Taxas positivas acima da média nacional de 3,9% também foram registradas pelo Rio Grande do Sul (8,8%), Amazonas (6,4%), Espírito Santo (4,9%) e Rio de Janeiro (4%), enquanto o Ceará (3,7%) completou o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

Recuos

No índice acumulado do ano, a Bahia apontou o recuo mais elevado, de-13,2%). “Efeito direto da saída de uma montadora de veículos do estado, em janeiro do ano passado, o que afetou o ano inteiro”, disse o analista da pesquisa, referindo-se ao encerramento das atividades da Ford.

Outra pressão negativa para a indústria baiana veio do setor de derivados do petróleo, onde houve queda na produção de óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímicas, parafina e querosene.

A Região Nordeste (-6,2%) e os estados de Goiás (-4,0%), Pará (-3,7%), Mato Grosso (-1%) e Pernambuco (-0,4%) também apresentaram taxas negativas no indicador acumulado do período de janeiro a dezembro do ano passado.

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