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Economia do mercado livre de energia atrai condomínios

Há uma estimativa de que a migração para o mercado livre pode resultar numa economia de 30% com a conta de energia
Os 10 empreendimentos da Construtora Rio Ave que migraram para o mercado livre conseguiram economizar R$ 1,5 milhão na conta de energia em 2024. Foto: Divulgação/Kroma.

Os condomínios perceberam a vantagem de comprar energia no mercado livre, aquele no qual o consumidor pode escolher a empresa que vai lhe vender este bem. A economia depende de como a energia é consumida, mas, em média, há uma estimativa de redução desta despesa em 30% da conta de luz. Os 10 empreendimentos da Construtora Rio Ave que migraram para o mercado livre conseguiram uma economia de R$ 1,5 milhão na conta de energia entre janeiro e dezembro de 2024.

A alteração do mercado livre ocorreu com a portaria de nº 50 do Ministério de Minas e Energia (MME), reduzindo a quantidade de energia que o consumidor pode comprar neste tipo de mercado. A abertura do mercado libre entrou em vigor em janeiro do ano passado. Depois disso, os consumidores com uma demanda acima de 30 quilowatts (kW) podem fazer este tipo de compra.

A adesão ao Mercado Livre por parte de condomínios é permitida apenas para aqueles enquadrados no Grupo A – ou seja, conectados à rede em média ou alta tensão. “O mercado passa por uma transformação estrutural importante. O crescimento da geração renovável, associado à ampliação do acesso ao Mercado Livre, oferece uma nova perspectiva para condomínios que buscam eficiência operacional. Nossa atuação tem sido no sentido de tornar esse processo compreensível e viável, respeitando a realidade de cada empreendimento”, explica o CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello. CEO da Kroma Energia, empresa com 17 anos de atuação e primeira comercializadora de energia da região Nordeste.

Para comprar no mercado livre, os condomínios tem que se enquadrar em dois tipos de consumidores: pode ser enquadrado como atacadista, tendo que apresentar uma demanda igual ou superior a 500 kW, que é uma demanda de um cliente que consome muita energia. Fazem parte deste tipo de enquadramento: grandes empresariais, shoppings e condomínios logísticos.

“Geralmente, estes grandes condomínios têm um sistema de telemetria, que vê o consumo de cada apartamento, individualmente. O custo total é mais barato e aí todos acabam economizando”, explica o o coordenador da área de gestão de clientes da Kroma Energia, Tarcísio Lopes. A compra de energia neste caso é rateada por todas as unidades que fazem parte do empreendimento. O cálculo é feito em cima do consumo de cada um.

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A Kroma fez uma parceria com a Construtora Rio Ave. E já tem 10 empreendimentos da construtora consumindo energia no mercado livre. Um deles é o empresarial Charles Darwin, que atua como um atacadista no mercado livre, por ser um grande consumidor de energia.

Para condomínios que não são grandes consumidores de energia, a opção é eleger um representante varejista para comprar energia no mercado livre, que pode ser uma comercializadora de energia, como a Kroma. “Fazemos isso com vários prédios em Casa Forte, Jaqueira, entre outros bairros”, comenta Tarcísio. Geralmente, o condomínio que é representado por um varejista consome menos energia do que um atacadista.

A diferença entre os dois tipos de enquadramento é que o condomínio enquadrado como atacadista passa a ser um agente que opera naquele mercado, fazendo a sua própria representação junto aos órgãos do setor elétrico, paga alguns encargos setoriais, entre outras responsabilidades.

Já o condomínio representado por um varejista não participa de reuniões do setor elétrico, sendo representado pelo varejista em órgãos do setor elétrico e o varejista também tem atribuições como pagar os encargos setoriais da energia comprada, entre outras responsabilidades. “Existe um produto moldado pra cada tipo de cliente”, afirma Tarcísio.

Quem compra no mercado livre não sofre com o impacto das bandeiras tarifárias, cobradas dos consumidores cativos – que compram de uma mesma distribuidora – todas as vezes que aumentam os custos da geração de energia.

A migração para o mercado livre também implica em adequações nos sistemas de medição e a formalização da denúncia de contrato com a distribuidora atual.

O mercado livre e a economia na conta de energia

A Kroma Energia atua há 17 anos como comercializadora de energia e também é uma geradora. Atualmente, a empresa tem cerca de 600 unidades consumidoras sob gestão e fez a migração para o mercado livre de mais de 31 condomínios em Pernambuco. Só em 2024, a empresa conseguiu gerar para os seus clientes uma economia superior a R$ 77 milhões.

Ainda de acordo com a Kroma, ao consumir energia de fontes renováveis estes empreendimentos deixaram de emitir 22.378,94 tCO2 (toneladas de CO2) na atmosfera, número equivalente ao plantio de 156.645 mil árvores.

Além do processo de migração para o mercado livre, a Kroma também faz a gestão da energia comprada, a análise do perfil de consumo, atuando também na interlocução junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A migração para o mercado livre vem aumentando no País inteiro. De janeiro a março de 2025, o Mercado Livre de Energia registrou a migração de mais de 14 mil novas unidades consumidoras, segundo a CCEE. A previsão é de de 36 mil unidades migrem para o mercado livre até dezembro deste ano.

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Modelo permite redução de custos, previsibilidade e impactos ambientais com a contratação direta de energia renovável por empreendimentos de médio e grande porte; em Pernambuco, a parceria da Kroma Energia com a construtora Rio Ave tem alcançado grandes resultados

Desde a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores de média e alta tensão, em janeiro do ano passado, há um movimento crescente entre condomínios residenciais e empresariais em busca de alternativas ao modelo tradicional de fornecimento de energia. A possibilidade de contratar diretamente energia de geradoras, por meio de comercializadoras, tem chamado a atenção de síndicos e gestores que agora enxergam neste modelo uma forma de otimizar custos e ampliar o controle sobre o consumo.

Em Pernambuco, a construtora Rio Ave iniciou a migração de seus condomínios empresariais para o Mercado Livre em parceria com a Kroma Energia. Dez empreendimentos do grupo já operam no novo modelo e, até dezembro passado, os resultados obtidos com a mudança são de grande impacto: economia acumulada de R$1,5 milhão e a não emissão de 447 toneladas de CO₂, equivalente a mais de 3 mil árvores preservadas.

“O mercado passa por uma transformação estrutural importante. O crescimento da geração renovável, associado à ampliação do acesso ao Mercado Livre, oferece uma nova perspectiva para condomínios que buscam eficiência operacional. Nossa atuação tem sido no sentido de tornar esse processo compreensível e viável, respeitando a realidade de cada empreendimento”, explica Rodrigo Mello, CEO da Kroma Energia, empresa com 17 anos de atuação e primeira comercializadora de energia da região Nordeste.

A adesão ao Mercado Livre por parte de condomínios é permitida apenas para aqueles enquadrados no Grupo A – ou seja, conectados à rede em média ou alta tensão. Essa condição, comum em edifícios comerciais e grandes residenciais, tem ampliado o potencial de economia para áreas comuns e infraestrutura compartilhada. A migração exige também adequações nos sistemas de medição e a formalização da denúncia de contrato com a distribuidora atual.

Na experiência da Rio Ave, a transição foi conduzida de forma planejada. “Entramos no mercado livre num momento muito delicado, em 2020, quando nos deparamos com uma crise de pandemia mundial, com um problema a ser analisado que não tinha como ser previsto anteriormente no processo de migração. Com o suporte da Kroma, conseguimos superar 2020 e, já em 2021, alcançamos um elevado número de economia”, afirma Valdeir Bezerra, administrador do Rio Ave Corporate Center. “O mercado livre de energia é um ambiente seguro, mas requer atenção. Você não deve deixar o barco à deriva, precisa ter boas opções para conduzir até na percepção de onde ver o melhor vento a ser traçado”, conclui.

IMPACTO AMBIENTAL

Com cerca de 600 unidades consumidoras sob gestão, a Kroma Energia já fez a migração para o Mercado Livre de mais de 31 condomínios em Pernambuco. Só em 2024, a empresa conseguiu gerar para os seus clientes uma economia superior a R$ 77 milhões. Ao passar a consumir energia de fontes renováveis, eles deixaram de emitir 22.378,94 tCO2 (toneladas de CO2) na atmosfera, número equivalente ao plantio de 156.645 mil árvores.

Em 2024, de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 56% do consumo do mercado livre é proveniente de fontes renováveis e 40% de toda energia consumida no Brasil foi originada de contratos firmados no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Os dados confirmam a tendência crescente das empresas de optarem por energia limpa. 

Segundo Mello, o desafio atual é ampliar o entendimento sobre o funcionamento do mercado. “Ainda há dúvidas sobre o que muda na prática. A estrutura física continua a mesma, a energia segue chegando pela rede da distribuidora, mas o contrato de fornecimento passa a ser diretamente com a comercializadora. Nossa função é justamente traduzir esse modelo para os clientes, mostrando seus impactos com transparência.”

O processo de migração, assim como a análise do perfil de consumo, é conduzido pela própria Kroma, que também atua na interlocução junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A empresa oferece acompanhamento contínuo e relatórios mensais com o desempenho energético dos empreendimentos.

A movimentação da Rio Ave e de outros grupos em Pernambuco acompanha uma tendência nacional. De janeiro a março de 2025, o Mercado Livre de Energia registrou a migração de mais de 14 mil novas unidades consumidoras, segundo a CCEE, que prevê um total de 36 mil até dezembro. Com a perspectiva de ampliação da abertura do mercado para consumidores residenciais, especialistas indicam que a familiaridade com o modelo será cada vez mais estratégica para quem administra coletivamente o consumo, como síndicos e administradoras condominiais.

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