
A SPIC Brasil concluiu, em parceria com a Recurrent Energy, subsidiária da Canadian Solar Inc. (NASDAQ: CSIQ), a operação de aquisição da participação majoritária no Complexo Solar Luiz Gonzaga, localizado em Terra Nova, Pernambuco. Com capacidade instalada de 114 MW, o parque solar tem potencial para abastecer 140 mil residências por ano, reforçando o compromisso da companhia com a transição energética e a ampliação da matriz renovável no país.
O complexo, em operação desde dezembro de 2024, ocupa uma área de aproximadamente 514 hectares e é formado por 116 mil painéis solares. A energia gerada é integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo parte destinada ao mercado regulado e parte comercializada no mercado livre. Após o fechamento da operação, a SPIC Brasil passou a deter 70% de participação, enquanto a Recurrent Energy permanece com os 30% restantes.
Estratégia da SPIC
Segundo Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil, a conclusão da aquisição reforça a estratégia da empresa de consolidar um hub de geração renovável no Nordeste. “A expansão da geração renovável no Brasil é fundamental para a diversificação da nossa matriz energética. O Complexo Solar Luiz Gonzaga fortalece nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade, garantindo energia limpa e acessível para milhares de brasileiros”, destaca.
A aquisição faz parte da estratégia global da SPIC de investir em projetos alinhados às metas de descarbonização e desenvolvimento sustentável, ampliando sua presença no mercado brasileiro de energia solar. O Complexo Solar Luiz Gonzaga é o terceiro ativo operacional da parceria entre SPIC Brasil e Recurrent Energy no país, somando-se aos Complexos Marangatu, no Piauí, e Panati, no Ceará. Juntos, os três empreendimentos possuem capacidade instalada de 852 MW, o suficiente para abastecer mais de 1 milhão de residências por ano.
Para Gustavo Vajda, gerente geral da Recurrent Energy na América Latina, o avanço da parceria reforça o compromisso de longo prazo das empresas com a expansão das fontes renováveis no país. “Esse marco evidencia nossa dedicação em entregar soluções de energia limpa e em apoiar a transição energética do Brasil, sempre com foco em inovação e sustentabilidade”, afirma Vajda.
A SPIC Brasil investe na geração de energia de fontes renováveis. Seus ativos totalizam aproximadamente 4 GW no país, incluindo a Usina Hidrelétrica São Simão, na divisa entre Minas Gerais e Goiás, dois parques eólicos na Paraíba – Millennium e Vale dos Ventos – além de participação majoritária em três complexos solares no Nordeste: Marangatu (PI), Panati (CE) e Luiz Gonzaga (PE). A empresa também é acionista do Complexo de Gás Natural Açu (GNA), em São João da Barra (RJ), o maior empreendimento de gás natural da América Latina.
Parte do Grupo SPIC, a empresa integra um conglomerado presente em 47 países, com mais de 130 mil funcionários e 246 GW de capacidade instalada, sendo o maior gerador de energia solar e o segundo maior de energia eólica do mundo. Em 2023, a SPIC gerou 16,61 TWh de eletricidade a partir de fontes renováveis fora da China, ajudando a evitar a emissão de 5,64 milhões de toneladas de CO₂.
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