O acionamento de térmicas voltou a ser necessário. Nesta quarta-feira (21), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ativou uma das usinas do Complexo Termelétrico do Pecém, situado no Porto de Pecém, no Ceará, pela segunda vez neste mês, para garantir estabilidade no sistema elétrico devido a escassez de chuvas.
Na terça-feira (20), como noticiou o Movimento Econômico, o ONS comunicou que tem sido observada uma redução na disponibilidade de recursos hídricos, principalmente no Norte do país. A região é essencial para suprir a demanda de energia nos momentos de pico de consumo, principalmente à noite, nos meses de outubro e novembro.
Em nota emitida na terça-feira, o ONS havia descartado qualquer problema de atendimento energético e assegurou que “o Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender a demanda por energia”. O órgão admitiu, porém, que vem reportando queda no volume de água já há alguns meses e entre as medidas preventivas apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor elétrico (CMSE) está a antecipação do acionamento da Usina Termopernambuco, já a partir de outubro próximo, unidade é controlada pela Neoenergia.
Pecém 1
A unidade Pecém 1, usina termelétrica controlada pela ED, teve que ser acionada pela segunda vez em agosto. A medida visa reforçar a estabilidade do Sistema Interligado Nacional. Pecém 1 tem capacidade instalada de 720 megawats e previsão de geração de 93.240 MWh nesta semana.
O acionamento, solicitado pelo ONS, ocorre em um cenário marcado não só pelo baixo volume de chuvas na região Norte, mas pelo aumento das temperaturas no Sudeste, com elevação da demanda de energia.
A restrição de geração de energia eólica e solar, o chamado “curtailment” também motivou o ONS a acionar usinas termelétricas nas últimas semanas. A usina térmica a carvão foi acionada no último domingo e ficará em operação até a próxima segunda-feira.
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