A procura por geração de energia renovável está em alta no Brasil. Há quatro anos no Ceará, a empresa Verk Capital oferece um serviço que até bem pouco tempo não existia. “Nem sempre quem tem um projeto de geração de energia tem o dinheiro para implantar o empreendimento. Assessoramos aos clientes possuidores de projeto no levantamento de recursos para viabilizar o empreendimento”, resume o chefe da operação de mercado de capitais da Verk, Henrique Colombo.
A empresa está de olho principalmente em parques de geração fotovoltaica (de radiação solar) que podem sair do papel no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Geralmente, a empresa tenta viabilizar os recursos de duas maneiras. A primeira é fazendo um projeto de financiamento que pode captar recursos junto a instituições bancárias ou bancos de crédito.
A segunda maneira é oferecer o projeto a um fundo ou empresa de grande porte que os adquire. “Normalmente quem compra o projeto contrata os idealizadores para fazer a execução do mesmo. Quando o projeto é implementado, quem vendeu pode ficar responsável pela gestão da geração”, explica Henrique, acrescentando que isso varia de acordo com o que é estabelecido entre os dois envolvidos em contrato.
Segundo ele, a vantagem de comprar o projeto é que a empresa ganha tempo, pois geralmente o projeto do empreendimento, já passou por algumas fases, como o licenciamento ambiental, entre outras. “Projetos próximos às linhas de transmissão têm uma viabilidade econômica mais fácil de transacionar”, comenta Henrique.
Projeto de energia por assinatura
A Verk é o braço de soluções corporativas e de mercado de capitais do grupo Solutions Wealth Management (SWM), uma holding que atua na área de investimentos e tem R$ 5 bilhões sob gestão. O primeiro negócio da Verk no Nordeste envolveu o fundo Suno Energias Limpas. Ambos coordenaram a captação de um projeto de geração de energia solar da comercializadora 9 Energia, também atuante em energia por assinatura.
Este primeiro projeto pode gerar entre 1 e 2 megawatts-pico (MWp) e vai ser instalado na cidade de Amontada, no Ceará. “Vai funcionar como se fosse um condomínio no qual os consumidores de baixa tensão entram e se beneficiam com a geração do projeto. O pequeno não investe nada e tem um contrato temporário. É como se ele comprasse uma quota e vai receber aquela quantidade de energia”, explica Henrique. Segundo ele, a vantagem destes pequenos consumidores é que eles vão pagar menos na conta de energia.
Os pequenos consumidores podem receber a energia do empreendimento por um prazo contratual que varia de um a cinco anos. “Depois disso, eles podem renovar este contrato de compra da energia, caso tenham interesse”, comenta Colombo, acrescentando que o prazo também serve para ter uma ideia de como vai ficar o mercado.
A única parte que o consumidor pequeno tem que garantir no contrato é a compra, por um ano, de uma média mínima de consumo ao empreendimento que vai gerar a energia. “A nossa expectativa é de que novos parque solares sejam implantados desta maneira”, argumenta Henrique Colombo. “De acordo com a Agência Internacional de Energia, a luz e calor do sol corresponderam a aproximadamente 30% da energia gerada no mundo, além de ser uma força motriz de empregos. O Ceará é o segundo maior gerador de energia solar no Brasil, com 829,1 MW, e vem ampliando de forma ambiciosa seu potencial”, diz, acrescentando que o grupo pretende coordenar outros projetos de energia limpa no Estado do Ceará.
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