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Energia: aumento de custo no ambiente cativo vai impulsionar a migração para o Mercado Livre

Com a redução do limite de contratação, dos atuais 500 kW para 30 kW, a partir de janeiro de 2024, conforme proposto no PL 414/21, mais empresas irão comprar energia no Ambiente de Contratação Regulada.

Os altos custo com a energia elétrica vem estimulando empresas a buscarem o insumo no Mercado Livre. O aumento de 54,3%, para R$ 32 bilhões, no orçamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para este ano, vai representar um aumento médio de 3,39% na conta de luz em 2022. Isso por conta do rateio, de cerca de R$ 30 bilhões, que deverá ser pago pelos consumidores do mercado cativo ou ACR (Ambiente de Contratação Regulada).

“Adicionalmente, temos a questão dos impostos, pois a expressiva carga tributária por conta das alíquotas incidentes de ICMS, do PIS e da COFINS, que variam de acordo com cada Estado, são um componente importante que oneram as tarifas de energia”, explica Raphael Vasques, coordenador de gestão e de inteligência de mercado do Grupo Safira, um dos principais do ecossistema de energia do país.

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Energia: PL 414/21 vai estimular ainda mais as mudanças no setor/ Foto: Pixabay

Na avaliação do Grupo Safira, esse aumento no custo da energia representa uma contribuição adicional para a alta no ACR, e deve estimular mais empresas a migrarem para o Mercado Livre ou ACL (Ambiente de Contratação Livre), bem como incentivar a abertura do mercado de energia, conforme proposto no PL 414/21.

O reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia, que tem variado entre 10% e 25%, por fatores como pandemia e subsídios, entre outros, também contribui para o aumento da conta de luz, bem como as bandeiras tarifárias, especialmente com a criação da bandeira de escassez hídrica, que elevou da mesma forma os custos no mercado cativo.

De acordo com Vasques, este cenário desfavorável tem incentivado a migração, para o ACL, de empresas com carga mínima de 500 kW, o que tem permitido a elas assumirem o protagonismo na escolha de seu fornecedor de energia. Com isso, estes consumidores chegam a obter uma economia média da ordem de 27% no valor da conta de luz.

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Incentivo à migração

Com a redução do limite de contratação, dos atuais 500 kW para 30 kW, a partir de janeiro de 2024, conforme proposto no PL 414/21, conhecido como o projeto da portabilidade na conta de luz, o número de consumidores que podem se beneficiar do ACL deve passar dos atuais 30 mil para 250 mil rapidamente. Integram esse contingente grandes consumidores empresariais, comerciais e industriais que hoje estão no ACR, sem acesso aos benefícios do mercado livre.

“Além da economia que o ACR proporciona, a liberdade de escolha do provedor de energia elétrica desencadeará um amadurecimento da gestão da sua própria energia, uma vez que passará a considerar esse insumo como mais uma matéria-prima do seu negócio, algo que hoje é reservado apenas a um seleto grupo de grandes consumidores”, completa Vasques.

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