Almoço de Páscoa: preços variam até 300% em capitais do Nordeste

Maior diferença foi encontrada em São Luís, onde uma mesma garrafa de vinho pode custar de R$ 14,99 a R$ 59,99. Procons pesquisaram preços da Páscoa
Venda de pescado - Semana Santa Páscoa
Com o bacalhau custando mais caro, outros pescasdos apareceram como opção para o cardápio de Páscoa. Foto: Procon Fortaleza/Divulgação

Comparar preços sempre foi uma estratégia para economizar, e, na Páscoa deste ano, essa recomendação segue pertinente na hora de ir às compras. Conforme pesquisas divulgadas por departamentos locais de defesa do consumidor, a variação de preços de produtos tradicionais da Semana Santa pode chegar a 300% nos principais mercados consumidores do Nordeste.

É o caso de Fortaleza, onde uma mesma garrafa de 750 mililitros de vinho tinto nacional foi encontrada por R$ 14,49 e por R$ 59,99 em estabelecimentos distintos, o que representa uma diferença de 314%. Um quilo de filé de pescada amarela também está entre os campões na disparidade de preços na capital do Ceará, com variação de 193% registrada por fiscais.

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Já em São Luís, onde foram pesquisados preços de ovos de chocolate, pescados e outros 250 itens comercializados, a maior diferença constatada foi no valor cobrado pela sardinha em lata com molho de tomate – de 261,31%. No período da fiscalização, o mesmo produto custava R$ 4,29 em um supermercado e R$ 15,50 em um empório da capital maranhense.

“São percentuais grandes de diferença. Essa pesquisa cumpre a função de auxiliar o consumidor no planejamento de seu orçamento para a Páscoa, além de ser uma forma de nossas equipes atuarem na prevenção de práticas abusivas nesse período que as pessoas buscam produtos para a Páscoa”, comentou a presidente do Procon Maranhão, Karen Barros.

A Páscoa é a sexta data comemorativa mais relevante para o comércio. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em todo o país neste período.

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Bacalhau da Páscoa: preços também variam acima de 100%

Na Bahia, variações acima de 100% foram registradas no preço do bacalhau, um dos itens mais procurados pelos consumidores nesta época do ano. A opção mais barata foi achada a R$ 52, o quilo, mas pode chegar perto de R$ 60 em alguns estabelecimentos de Salvador. O peixe corvina, alternativa mais barata, pode custar de R$ 19,49 a R$ 31,99.

Em Pernambuco, a pesquisa do Procon foi realizada em 13 estabelecimentos do Recife e detectou variação de até 195,14% nos preços. Um dos destaques é o camarão cinza com casca, encontrado a R$ 26,90, no local mais barato, e a R$ 75,90, no mais caro. O leite de coco, a tilápia e a pescada amarela também tiveram diferenças de mais de 100% nos valores praticados.

Ovos de Páscoa 2024
Procons do Nordeste registraram disparidade de preços entre os mesmos ovos de Páscoa vendidos por estabelecimentos diferentes. Foto: Procon-AL/Divulgação

Ovos de chocolate: diferenças menores nos preços

Os ovos de chocolate também têm variações nos preços, embora elas sejam menores que as constatadas nos produtos do almoço da Sexta-Feira Santa e do Domingo de Páscoa. Em supermercados de Natal, por exemplo, o mesmo produto pode ser achado com 50% de desconto em relação aos estabelecimentos onde se cobra mais caro. “Os ovos de personagens licenciados e com brinquedos são os mais solicitados pelas crianças, e também os mais caros”, informa o Procon Natal.

Em Aracaju, um mesmo ovo de colher pode custar até R$ 45 mais caro, a depender de onde é comprado. Já em João Pessoa, o Procon da Paraíba encontrou disparidade de até 72,95% entre os preços de um mesmo ovo de chocolate em dois atacarejos. Em Fortaleza, outra variação que pesa no bolso de quem não compara os preços: um ovo de Páscoa de 500 gramas, da mesma marca, pode ser adquirido por valores entre R$ 51,99 e R$ 116,90 em diferentes estabelecimentos.

Leia mais: Páscoa deve movimentar R$ 284,24 milhões em vendas na BA, CE e PE

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