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Nordeste responde por 7,9% das exportações brasileiras em 2024

Ao todo, 1.566 empresas do Nordeste Nordeste venderam para o exterior US$ 24,7 bilhões em produtos. A região superou o Centro-Oeste em exportações de micro e pequenas empresas, mas ficou atrás do Sul e Sudeste
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O segmento de empresas médias e grandes do Nordeste foi responsável por US$ 24 bilhões em exportações. Foto: CNI/Divulgação

O Brasil encerrou 2024 com um recorde de 28.847 empresas exportadoras, que juntas movimentaram US$ 311,9 bilhões. Desse total, as 1.566 representantes do Nordeste (sendo 377 microempresas e MEIs, 211 pequenas e 978 médias e grandes empresas) contribuíram com US$ 24,7 bilhões, correspondendo a 7,9% do total das exportações nacionais. Os dados constam do relatório Exportação e Importação por Porte Fiscal das Empresas, elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Em volume financeiro, a participação do Nordeste no total das exportações brasileiras ficou em 7,8% no segmento de médias e grandes empresas, 7,5% para microempresas e MEIs e 4% para empresas de pequeno porte. No total, 1.566 empresas nordestinas exportaram em 2024.

Já em relação ao número de empreendimentos participantes da balança comercial nacional, as microempresas e MEIs nordestinas representaram 6,3% das exportadoras do país, enquanto as empresas de pequeno porte corresponderam a 3,8%, e as médias e grandes empresas tiveram uma fatia de 5,4%.

Em comparação com outras regiões, as exportações das microempresas e MEIs do Nordeste superaram as do Centro-Oeste (US$ 52,3 milhões), mas ficaram abaixo das regiões Norte (US$ 117,7 milhões), Sul (US$ 249,4 milhões) e Sudeste (US$ 422,3 milhões). No segmento de pequenas empresas, o Nordeste também superou o Centro-Oeste (US$ 68,4 milhões), mas ficou atrás do Norte (US$ 252,4 milhões), Sul (US$ 561,9 milhões) e Sudeste (US$ 755,3 milhões). Para as médias e grandes empresas, o Nordeste exportou menos que o Norte (US$ 29,4 bilhões), Sul (US$ 60,3 bilhões) e Sudeste (US$ 153,4 bilhões), mas superou o Centro-Oeste (US$ 43,1 bilhões).

Exportações por porte e variação estadual

As exportações do Nordeste variaram de acordo com o porte das empresas e apresentaram diferenças significativas entre os estados.

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Microempresas e MEIs

As microempresas e MEIs do Nordeste exportaram US$ 68,6 milhões em 2024. A Paraíba foi o estado que apresentou o maior crescimento percentual nessa categoria, com alta de 47,1%, atingindo US$ 2,5 milhões. Pernambuco também teve um desempenho positivo, com aumento de 19,3% e um total de US$ 9,9 milhões exportados.

Por outro lado, a Bahia, líder em exportações no Nordeste, teve uma queda de 30,1%, somando US$ 21,8 milhões. O Rio Grande do Norte também registrou uma retração significativa, de 46,4%, fechando o ano com US$ 8,9 milhões.

Empresas de Pequeno Porte

As pequenas empresas da região exportaram US$ 69,0 milhões, representando 4,0% do total nacional desse segmento. O melhor desempenho foi do Ceará, que cresceu 10,2% e movimentou US$ 5,4 milhões. Pernambuco também se destacou, com alta de 12,4% e exportações de US$ 20,0 milhões.

Entretanto, a Paraíba teve a maior queda entre os pequenos exportadores, com retração de 76,9%, somando apenas US$ 0,9 milhão. O Rio Grande do Norte também apresentou redução de 13,1%, com US$ 12,6 milhões exportados.

Empresas Médias e Grandes

O segmento de empresas médias e grandes do Nordeste foi responsável por US$ 24 bilhões em exportações, consolidando-se como a base da economia exportadora da região.

O maior crescimento proporcional ocorreu no Rio Grande do Norte, com alta de 68,4%, totalizando US$ 1,1 bilhão. Pernambuco também registrou avanço expressivo, crescendo 23,5% e alcançando US$ 1,9 bilhão.

Por outro lado, o Ceará teve uma queda de 29,4%, fechando o ano com US$ 1,4 bilhão, enquanto a Paraíba sofreu uma retração de 33,2%, atingindo US$ 168,3 milhões.

Bahia lidera entre os estados

A Bahia consolidou-se como a principal exportadora do Nordeste em 2024, movimentando US$ 11,462,4 bilhões. O crescimento de 3,9% nas exportações das empresas médias e grandes do estado impulsionou esse desempenho, destacando-se setores como química, celulose, agroindústria e minérios. A soja e seus derivados continuam sendo um dos principais produtos exportados, além de combustíveis refinados e produtos petroquímicos.

No segmento de microempresas e MEIs, a Bahia exportou US$ 21,8 milhões, mas registrou uma queda de 30,1% em relação a 2023, reflexo da retração nas exportações de pequenos produtores e artesanatos. As pequenas empresas baianas movimentaram US$ 21,6 milhões, com leve retração de 0,9%, mantendo participação estável nos mercados internacionais. As médias e grandes empresas responderam por US$ 11,419,0 bilhões do total exportado pelo estado.

O Maranhão aparece em segundo lugar no Nordeste, com US$ 5,963,5 bilhões em exportações, impulsionado pela produção de minérios, papel e celulose e grãos. O porto de Itaqui, um dos mais importantes do país, segue como elemento estratégico na expansão das exportações maranhenses.

Em Pernambuco, as exportações somaram US$ 1,896,2 bilhões, com um crescimento expressivo de 23,5% no segmento de médias e grandes empresas. O estado se beneficia de um parque industrial diversificado, onde automotivo, alimentício e bebidas foram setores de destaque no comércio exterior. As médias e grandes empresas pernambucanas foram responsáveis por US$ 1,866,3 bilhões do total exportado.

O Ceará movimentou US$ 1,418,5 bilhões, mas apresentou uma retração de 29,4% em exportações de médias e grandes empresas, impactado pela redução da demanda internacional por produtos metalúrgicos. Entretanto, o estado continua sendo um dos principais exportadores de calçados, tecidos e frutas tropicais. As médias e grandes empresas cearenses foram responsáveis por US$ 1,392,5 bilhões do total exportado.

O Rio Grande do Norte teve um dos melhores desempenhos da região, com alta de 68,4%, atingindo US$ 1,128,8 bilhões. Esse crescimento foi puxado pela expansão das exportações de pescados, frutas e energia renovável, setor que vem ganhando relevência no estado. As médias e grandes empresas foram responsáveis por US$ 1,107,3 bilhões do total exportado.

Outros estados também se destacaram: Piauí exportou US$ 1,038,0 bilhões, Alagoas US$ 651,4 milhões e Sergipe US$ 449,1 milhões. Esses estados têm suas exportações concentradas em produtos agrícolas, químicos e minerais, mostrando potencial de crescimento nos próximos anos.

Estímulo às empresas exportadoras brasileiras

“Conhecer o perfil das empresas exportadoras brasileiras é fundamental para darmos sequência aos programas que o governo federal tem desenvolvido para a promoção do setor produtivo e exportador. Um exemplo é o Acredita Exportação, aprovado pela Câmara dos Deputados, que vai impulsionar as empresas de pequeno porte, devolvendo o equivalente a 3% de suas receitas de exportação”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.

A maior parte dos exportadores, 59,5%, é de médias ou grandes empresas, que somam 17.172, segmento que apresentou o maior crescimento frente a 2023, com um aumento de 2%. As empresas de pequeno porte também mostraram evolução, de 1,5%, chegando a 5.480 no fim de 2024. Já as microempresas e MEIs somaram 5.952 empresas, compondo o total com 243 empresas classificadas como “outras”.

“Essa radiografia marca mais um recorde para o comércio exterior brasileiro. O crescimento no número de empresas exportadoras tem sido consistente, em linha com os esforços do governo federal em fortalecer a cultura exportadora e gerar novas oportunidades para empreendedores do país”, avaliou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

* Com informações da Agência Gov

Leia mais: Balança comercial tem primeiro déficit mensal desde janeiro de 2022

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