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Importações: BA lidera, PE cresce, CE cai e AL tem maior salto percentual

As informações são referentes às importações realizadas pelos principais portos e aeroportos dos quatro estados da jurisdição da 4ª Região Fiscal da Receita Federal
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A evolução das importação em quatro dos principais estados do Nordeste foi apresentada pela 4ª Região Fiscal da Receita Federal. Foto: Vosmar Rosa/MPOR

O balanço das importações realizadas pelos estados do Nordeste em 2024 revela contrastes entre os portos e aeroportos da região. Enquanto a Bahia mantém a liderança em valores absolutos, Alagoas desponta com o maior crescimento percentual, consolidando-se como um novo destaque no cenário logístico regional. As informações são da 4ª Região Fiscal da Receita Federal, responsável pelos quatro estados.

A Bahia encerrou 2024 com US$ 10,2 bilhões e um aumento de 6,3% nas importações em relação a 2023, consolidando seu papel como principal polo logístico da região. Este crescimento foi impulsionado por grandes volumes de combustíveis e produtos químicos, que representam parte significativa das operações do estado.

Pernambuco, por sua vez, apresentou um crescimento de 4,1% em 2024, destacando-se pela diversificação das mercadorias importadas que resultaram em US$ 9,8 bilhões. Os principais produtos importados pelo estado incluem máquinas e equipamentos industriais, além de produtos farmacêuticos. O delegado da Alfândega do Recife, o auditor fiscal Carlos Eduardo da Costa Oliveira, atribuiu os resultados à recuperação econômica pós-pandemia e à eficiência logística dos portos de Suape e do Recife.

Em 2024, o Ceará registrou uma retração de quase 8% nas importações em comparação ao ano anterior, contrastando com a trajetória de crescimento vista em outros estados da região. Esse declínio foi atribuído a uma redução na demanda por insumos industriais e à maior dependência do mercado interno. O volume de 2024 foi de US$ 5,5 bilhões.

Já o Porto de Maceió se destacou como o principal responsável pelo desempenho de Alagoas nas importações, com crescimento de 8,27% em 2024 em relação aos números de 2023. No ano passado, a movimentação resultou em US$ 1,5 bilhão. Entre 2019 e 2024, as operações de importação realizadas no estado apresentaram um aumento de 220%, conforme divulgado pela Inspetoria da Receita Federal em Maceió. Esse crescimento foi atribuído a investimentos em infraestrutura portuária e ao aumento da demanda por produtos químicos, insumos agrícolas e equipamentos eletrônicos.

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Segundo o delegado da Receita Federal em Maceió, o auditor fiscal Reinaldo Alves, “as importações realizadas no Porto de Maceió demonstram um crescimento consistente, refletindo o fortalecimento da economia local e a maior competitividade logística do estado.”

Comparativo geral das importações no Nordeste em 2024

A tabela a seguir resume os valores das importações realizadas pelos principais portos e aeroportos dos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas, evidenciando as diferenças regionais.

Os dados destacam a Bahia como o estado com o maior volume absoluto de importações no Nordeste, beneficiada pela forte presença da indústria petroquímica e agrícola. Pernambuco mantém o segundo lugar, com crescimento contínuo e destaque para o Porto de Suape, que facilita o acesso a mercados globais.

Alagoas, embora ainda tenha valores absolutos menores, apresenta o maior crescimento percentual, demonstrando o impacto dos investimentos em infraestrutura e o fortalecimento de sua economia local. Por outro lado, o Ceará enfrenta desafios, com redução nos volumes importados em 2024, sugerindo a necessidade de diversificação econômica e logística para retomar o crescimento.

A análise das importações nos principais estados do Nordeste em 2024 evidencia as diferenças econômicas e logísticas entre os estados. Enquanto Bahia e Pernambuco mantêm a liderança em volume, Alagoas mostra um crescimento acelerado, posicionando-se como um novo destaque regional. O desempenho do Ceará, em contrapartida, reforça a necessidade de ajustes estratégicos para enfrentar os desafios econômicos atuais.

Leia mais: Alagoas fecha 2024 com queda nas exportações, mas mantém superávit

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