Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Sua fonte de informação sobre os negócios do Nordeste

Petrobras avalia exploração sustentável de petróleo da Bacia Potiguar

Ações da Petrobras em 2024 no Nordeste incluem descobertas de petróleo na Bacia Potiguar, simulação de vazamento no CE e projetos ambientais e educacionais na BA
Petrobras navio-plataforma Drillship NS-42 Bacia Potiguar Marqem Equatorial
Navio-sonda NS-42 da Petrobras foi usado para prospecção dos poços localizadois no litoral nordestino, dentro da Bacia Potiguar. Foto: Petrobras/Divulgação

A Petrobras vai avaliar a qualidade dos reservatórios localizados na costa do Rio Grande do Norte e sua viabilidade técnico-comercial, a partir das descobertas feitas nos poços Pitu Oeste e Anhangá, situados dentro da Margem Equatorial brasileira — considerada uma nova e promissora fronteira em águas ultraprofundas. A informação consta do Relatório de Sustentabilidade da companhia, divulgado nesta segunda-feira (16).

Os avanços na exploração de petróleo no Nordeste fazem parte do Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras, que destina R$ 3 bilhões à Margem Equatorial, abrangendo áreas do Rio Grande do Norte ao Amapá. Segundo o documento, além das descobertas realizadas em 2024, a empresa promoveu simulações ambientais e ampliou iniciativas socioambientais na região Nordeste.

Segundo a Petrobras, o poço Anhangá (1-BRSA-1390-RNS) foi perfurado em lâmina d’água de 2.196 metros, a cerca de 190 km da costa do Ceará e 250 km de Natal, alcançando reservatórios turbidíticos de idade albiana. Essa característica geológica, até então inédita na Bacia Potiguar, é semelhante àquelas encontradas nas bacias da Guiana e do Suriname.

Águas ultraprofundas da Bacia Potiguar

A prospecção, viabilizada por modelagem geológica avançada, integração sísmica 3D e tecnologias de perfuração em alta profundidade, reforça o potencial da Margem Equatorial como uma nova fronteira de produção offshore no Brasil. Foi a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024, precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá.

No campo da pesquisa, a Petrobras liderou duas expedições científicas à Margem Equatorial com o navio Vital de Oliveira, operado em parceria com o Cenpes, o Serviço Geológico do Brasil e universidades brasileiras. Um dos objetivos da missão foi ampliar a participação de estudantes e instituições do Nordeste em estudos sobre o ambiente marinho e a biodiversidade, contribuindo para a formação de conhecimento científico e a preservação dos ecossistemas costeiros.

- Publicidade -

No Ceará, por exemplo, a companhia realizou em abril deste ano uma simulação de vazamento de petróleo no bloco POT-M-762, a 85 km da praia de Ponta Grossa, no município de Icapuí. O exercício mobilizou 440 pessoas em dois dias de operação, com ações de contenção, recolhimento de óleo e atendimento à fauna, utilizando aeronaves, drones, embarcações e viaturas terrestres. A ação também envolveu equipes no Rio de Janeiro, evidenciando a capacidade da empresa em responder a emergências ambientais.

Outras ações de sustentabilidade da Petrobras no Nordeste

A estratégia da Petrobras na região vai além da exploração. No Rio Grande do Norte, a Usina Fotovoltaica Alto do Rodrigues segue operando como planta piloto de energia solar e abrigará novo projeto de pesquisa em hidrogênio renovável, com investimento previsto de R$ 90 milhões. Já na Bahia, a usina de biodiesel em Candeias produziu 75.758 m³ em 2024, com apoio a cooperativas locais para coleta de óleo residual.

As ações de responsabilidade social também foram ampliadas. Entre os projetos em andamento, destaca-se o Vale Sustentável, voltado à mitigação da desertificação no semiárido potiguar, e o Abraça Caípe, que levou infraestrutura de lazer e esporte a mais de 5 mil moradores em São Francisco do Conde (BA). Em Madre de Deus, um convênio firmado com a prefeitura reforçou programas de capacitação profissional e educação ambiental.

O fortalecimento da atuação da Petrobras no Nordeste também se reflete nos dados de empregabilidade. Em 2024, a região concentrou 9,7% do total de empregados da companhia, consolidando-se como território estratégico para as operações de energia e transição energética.

Leia mais: Hortaliças ocupam lugar do fumo e mudam cenário agrícola de Alagoas

- Publicidade -
- Publicidade -

Mais Notícias

- Publicidade -