Estatal boliviana reduz 30% do fornecimento de gás natural ao Brasil

A Petrobras informou no fim de semana que vem recebendo, ao longo do mês de maio, volumes de gás natural inferiores aos solicitados no âmbito do contrato firmado com a estatal boliviana YPFB, o que está impactando o planejamento operacional da companhia brasileira. “Tal redução da ordem de 30% não estava prevista e implica a necessidade […]

A Petrobras informou no fim de semana que vem recebendo, ao longo do mês de maio, volumes de gás natural inferiores aos solicitados no âmbito do contrato firmado com a estatal boliviana YPFB, o que está impactando o planejamento operacional da companhia brasileira.

“Tal redução da ordem de 30% não estava prevista e implica a necessidade de importação de volumes adicionais de gás natural liquefeito para atendimento aos compromissos de fornecimento da Petrobras”, diz a nota da estatal brasileira.

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gás gasoduto
Dutos da unidade de processamento de gás natural no pólo industrial de Guamaré (RN) /Foto: Agência Petrobras

A Petrobras também informou que está tomando as medidas cabíveis visando ao cumprimento do contrato pela YPFB.

As pressões sobre o gás já causam impacto. O preço do gás vendido às distribuidoras sofreu reajuste médio de 19% em 1º de maio passado, como parte dos reajustes trimestrais previstos nos contratos de suprimento com as concessionárias.

Falta infraestrutura

Se as importações caem, por outro lado, 45% da produção de gás natural no Brasil retornou aos poços em 2021, num total de 22,2 bilhões de metros cúbicos. Foi o maior valor da série histórica da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

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Cerca de 85% do gás natural produzido no Brasil está associado ao petróleo. Isso quer dizer que para extrair o óleo, as empresas têm que extrair gás natural.

A taxa de reinjeção do Brasil supera a de outros países produtores, como Argélia, Noruega e Nigéria, onde as taxas variam de 20% a 35%.

Quando há gás associado ao petróleo, ele pode ser vendido ou reinjetado no poço produtor. Essa reinjeção aumenta a pressão sobre o poço e facilita a extração de mais petróleo.

A falta de unidades de processamento de gás natural e dos gasodutos de transporte são as principais causas para essa taxa mais alta no país.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, o Brasil tem apenas 9.409 quilômetros de gasodutos de transporte e transferência, número muito abaixo dos registrados por Estados Unidos, Europa e mesmo a vizinha Argentina.

Esses dutos levam o gás das unidades de processamento de gás natural (UPGNs), onde é tratado conforme especificações químicas, à rede das distribuidoras estaduais, responsável pelo insumo que chega às residências.


*Com informações da Agência Brasil
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