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Gasolina e diesel sobem nas refinarias a partir desta terça-feira

A Petrobras justifica que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento Por Etiene Ramos com Agência Brasil A Petrobras anunciou hoje (25) que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias a partir desta terça (26). O litro da […]
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

A Petrobras justifica que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento

Por Etiene Ramos com Agência Brasil

A Petrobras anunciou hoje (25) que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias a partir desta terça (26). O litro da gasolina vendido pela empresa às distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%.

A estatal afirma que a parcela da gasolina vendida nas refinarias no preço final do produto encontrado nos postos chegará a R$ 2,33, com um aumento de R$ 0,15. A variação é menor que os R$ 0,21 de reajuste nas refinarias porque a gasolina tem uma mistura obrigatória de 27% de etanol anidro. Já o litro do diesel passará a ser vendido por R$ 3,34 nas refinarias da Petrobras, o que representa um aumento de cerca de 9% sobre o preço médio atual, de R$ 3,06. 

No caso do diesel, a Petrobras calcula que o impacto para o consumidor final seja um aumento de R$ 0,24, porque o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 12% de biodiesel.

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A Petrobras justifica que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”. “O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021. Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”, afirma a empresa.

Alfredo Pinheiro: risco de falta de diesel nos próximos meses – Foto: Divulgação

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro, afirma que os combustíveis vão ficar ainda mais caros no Estado porque, nesta segunda, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), publicou no Diário Oficial da União, autorização para os Estados a promoverem reajustes no cálculo do ICMS dos combustíveis com base no Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), a partir do próximo dia 1 de novembro.  

Problema global, impacto local

Em Pernambuco, segundo ele, o PMPF era de R$ 5,88 e passou para R$ 6,18, um reajuste de R$ 0,0306 que vai trazer um impacto de R$ 0,0887 no preço médio do litro de combustíveis no Estado.

Pinheiro está preocupado com o risco de desabastecimento de gasolina e diesel, principalmente, neste final de ano. Isso porque a Petrobras não é autosuficiente na produção de combustíveis, apesar de praticamente não ter concorrência no refino e na distribuição no país. Segundo o presidente do Sindicombustíveis-PE, importamos entre 10% e 12% de gasolina e de 25% a 30% do diesel para atender a demanda nacional. 

Como tem que importar cerca de 30% dos combustíveis, cotados em dólar, a estatal está explicando agora que a paridade com os preços internacionais é necessária para evitar a redução de oferta no mercado interno. 

Só este ano, o preço do barril do petróleo subiu 50% e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não está preocupada em acelerar a produção. No cenário de petróleo escasso, porque com a redução da produção na pandemia e o desinteresse em  voltar ao volume anterior para manter o preço em alta, estamos com mais um problema: a crise hídrica que obrigou o país ao uso das termelétricas movidas a diesel, aumentando muito a demanda do combustível para evitar a falta de energia elétrica.

“As distribuidoras estão reduzindo a importação e só vão atender aos postos com os quais mantém contratos. Os que não possuem contratos vão sofrer para conseguir combustíveis e muito mais o diesel do que a gasolina”, afirma Alfredo Pinheiro. “Se não tivermos medidas urgentes para mudar o quadro, daqui a dois ou três meses devemos ter falta de diesel no mercado”, completa. 

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