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Copergás apresentou novidades no mercado de gás natural em Fórum GNV

Por Juliana Albuquerque Com um mercado em franco crescimento, especialmente por ser uma alternativa mais barata e sustentável em relação aos combustíveis convencionais, a utilização do Gás Natural Veicular (GNV) já é uma realidade para os veículos motores leves. Só em Pernambuco, de acordo com a distribuidora Copergás, são mais de 70 mil utilitários que […]

Por Juliana Albuquerque

Com um mercado em franco crescimento, especialmente por ser uma alternativa mais barata e sustentável em relação aos combustíveis convencionais, a utilização do Gás Natural Veicular (GNV) já é uma realidade para os veículos motores leves. Só em Pernambuco, de acordo com a distribuidora Copergás, são mais de 70 mil utilitários que têm esse combustível como fonte de energia, com uma taxa anual de crescimento da procura pelo GNV entre 15% e 20% nos últimos quatro anos.

A oscilação no preço de combustíveis tradicionais, como a gasolina, que desde julho de 2017 tem sua precificação atrelada ao preço do barril de petróleo do mercado internacional, tem feito do GNV um combustível mais atrativo economicamente, em especial, em Pernambuco. É que no Estado, a alíquota do ICMS para GNV é 12%, enquanto em outros Estados varia entre 18% e 17%, o que torna o gás natural em Pernambuco, desde 2015, mais em conta do que em outros estados da federação. “O setor de gás no Brasil vive um momento interessante, de abertura e diversificação de players. Aqui em Pernambuco, por exemplo, a partir deste mês, contamos com três supridores e nossa rede de postos tem crescido de forma sustentável e trazido excelentes resultados, conquistando, recentemente, patamares superiores ao pré-crise”, comentou o diretor técnico-comercial da Copergás, Fabrício Bomtempo, durante abertura do 1º Fórum sobre a viabilidade do uso do GNV em veículos pesados em Pernambuco, realizado na manhã desta quarta (4), em evento on-line para convidados da companhia de gás pernambucana.

Com cerca de 200 caminhões em circulação em sua frota, a Scania foi pioneira em trazer a tecnologia do GNV para veículos pesados para o Brasil. De acordo com o gerente de pré-venda da Scania no Brasil, Paulo Genezini, desde abril do ano passado a empresa já fabrica caminhões com a tecnologia, que ainda carece de um olhar mais atento do mercado interno para se consolidar, a exemplo do que ocorre no mercado interno de veículos leves. “Tivemos um início bem-sucedido desde o lançamento no Brasil, há pouco mais de um ano. Encontramos como principal vantagem a busca de embarcadores para se adequar ao processo de redução de emissão de gás carbono, o que tem fomentado a busca por uma solução com menor impacto em emissão de poluentes e aumento na competitividade, o que favorece a indústria do gás visto que se trata de um combustível mais viável em termo de sustentabilidade”, revela Genezini.

O principal desafio, segundo o gerente pré-venda da Scania, contudo, é a expansão da malha de distribuição. “Evidentemente que temos o diesel, combustível estabelecido no Brasil há mais de cem anos e qualquer combustível alternativo a ele vai enfrentar como principal obstáculo uma malha de distribuição que contemple postos em todos os pontos do País”, argumenta Paulo.

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De acordo com o consultor da Consulgás, Ricardo Vallejo, atualmente está sendo conduzido um estudo de mapeio de aproximadamente 70 rodovias nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil para avaliar a viabilidade de criar uma rede de gás que interligue os estados em uma rota que é chamada de Corredores Azuis, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e Europa já há mais de duas décadas. “Não adianta fazer um caminhão a gás se ele não puder contar com uma rede de postos para abastecer. Quando pensamos em caminhões, precisamos pensar nacionalmente. É justamente esse levantamento que estamos realizando e pretendemos concluir nos próximos dois meses o estudo com o Ministério da Economia para avaliar o fluxo e capacidade da nossa infraestrutura para abastecimento desses veículos e destravar pontos desse mercado para alavancar o consumo em veículos pesados”, adianta Vallejo.

Segundo o gerente da Gerência de Comercialização Veicular e Industrial (GCVI) da Copergás, Fábio Morgado, a companhia pernambucana assim como as demais distribuidoras do Brasil terão um papel importante nessa mudança que o mercado vai sofrer nos próximos anos. “O nosso papel é prover essa infraestrutura e já vemos trabalhando forte nessa dinâmica. Queremos antecipar, fazer algo que permita, o posto que hoje é focado para o veículo leve, possa atender da melhor forma toda dinâmica que o veículo pesado precisa”, finaliza Morgado.

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