Maceió vem passando por diversas transformações estruturais e o trânsito é um dos gargalos da cidade, já que as principais vias que ligam bairros às regiões do Centro e Orla não conseguem dar vazão ao crescente número de veículos. O Ministério dos Transportes anunciou a construção de um Arco Metropolitano, com previsão de licitação para o mês de agosto deste ano. O investimento inicial previsto é de R$ 600 milhões.
De acordo com informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), as obras do Arco Metropolitano contemplam a duplicação das rodovias BR 316 e 424, que cortam os municípios de Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e Satuba até chegarem em Maceió, onde a BR 316 se transforma na Avenida Menino Marcelo e a BR 424 se interliga com a rodovia AL 101 Sul.
Segundo o DNIT, o projeto da duplicação da BR 424 está em fase de finalização e a previsão é que a licitação aconteça no mês de agosto. Já a BR 316 está na fase de elaboração do projeto executivo, com previsão de finalização e entrega em outubro. A licitação está prevista para o mês de dezembro.
“O Arco Metropolitano prevê a duplicação de trechos cruciais das rodovias BR-316 e BR-424. Essa melhoria visa otimizar o escoamento da produção local, principalmente para as indústrias estabelecidas no Polo Cloroquímico de Marechal Deodoro, bem como desafogar o trânsito dentro de Maceió, pois será possível ganhar tempo ligando a parte alta ao litoral”, disse o DNIT ao Movimento Econômico.
O Polo Cloroquímico de Marechal Deodoro concentra indústrias da Cadeia produtiva da Química e do Plástico abrigando plantas industriais da Braskem, da Veolia, da Grünie Energy, Krona, Cimento Zumbi, entre outras. Outro fator que beneficiará as indústrias do Polo Cloroquímico é a melhoria na conexão com o Porto de Maceió, localizado no bairro de Jaraguá.
Para quem mora em Maceió nos bairros da parte alta, como Tabuleiro, Benedito Bentes e Eustáquio Gomes, a duplicação da rodovia BR-316 será uma opção chegar ao Centro de Maceió de forma mais rápida do que pelas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. Um trajeto de 12 km em horários de pico em Maceió pode demorar mais de uma hora por conta do engarrafamento, por exemplo.
Governo prepara plano de mobilidade para Maceió
Pelas suas redes sociais, o governador Paulo Dantas afirmou que prevê para agosto a apresentação de um plano de mobilidade urbana para a região Metropolitana de Maceió. Dantas disse que o projeto está sendo desenvolvido por técnicos qualificados e que o Estado busca parceria com as prefeituras das cidades da região para executar o projeto.
“Com parcerias técnicas com as prefeituras e o governo federal, temos certeza de que criaremos soluções sustentáveis e eficientes para garantir mobilidade urbana em toda a Grande Maceió”, afirmou.
PAC promove melhorias em rodovias de Alagoas
O Ministério dos Transportes vem investindo na malha rodoviária do país, melhorando a condição das rodovias brasileiras e fortalecendo o modal rodoviário como via de escoamento da produção e no transporte de pessoas.
Alagoas já recebeu, entre 2023 e 2024, R$ 513 milhões em investimentos, em obras que estão sendo realizadas por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre as principais obras listadas pelo Ministério dos Transportes estão os lotes 02, 06 e 07 da BR 101; pavimentação da BR 416, no trecho que liga as cidades de Ibateguara à Colônia Leopoldina; adequação com duplicação da BR 104 entre Messias e São José da Laje; obras dos lotes 4 e 5 da duplicação da BR 101 em São Miguel dos Campos.
Durante o Summit Mobilidade, realizado em Maceió nesta segunda-feira (17), o ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou os investimentos para o estado, frisando que a previsão é que sejam aportados até 2026 R$ 1,8 bilhão, por meio do novo PAC. Em 2024, a previsão é que os investimentos cheguem a R$ 478 milhões.
Outras obras consideradas emblemáticas são a construção da ponte que liga Alagoas a Sergipe pelos municípios de Penedo e Neópolis, que foram iniciadas e já tiveram a instalação do canteiro de obras. O investimento é de R$ 203 milhões, do Governo Federal.
Atualmente, a travessia entre os estados é feita de balsa, pelo Rio São Francisco, com um custo médio de R$ 5 para pedestres e R$ 35 para carros pequenos. O percurso pelas águas do Velho Chico dura, em média, 15 minutos e com a ponte cairá para apenas dois, segundo estimativa do Ministério dos Transportes.
Outra obra de ligação entre Alagoas e Sergipe é o viaduto na cidade alagoana de Porto Real do Colégio, que foi iniciado após a assinatura de um TAC inédito entre o Governo Federal e povos indígenas da tribo Kariri-Xocó. A aldeia fica no trecho que recebe as obras e o Termo elaborado conseguiu dissolver o impasse. A obra, que vai dar mais fluidez ao tráfego da rodovia, tem investimento de R$ 23,7 milhões.
*Matéria atualizada em 17/06 às 14h16 para inclusão de informações.
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