Levantamento da Ticket, marca da Edenred Brasil de vale-refeição e vale-alimentação, com base nos indicadores da Pesquisa + Valor, realizada com cerca de 4,5 mil estabelecimentos de alimentação nas cinco regiões do País, mostra que o valor médio gasto pelo brasileiro em refeições fora de casa subiu 70% nos últimos dez anos. Para comer fora na hora do almoço, o trabalhador paga atualmente uma média de R$ 46,60, enquanto em 2014 o preço da refeição completa era de aproximadamente R$ 27,36.
A diferença de acréscimo no preço médio das refeições do período, registrado na pesquisa, teve o crescimento puxado especialmente pelo Sudeste, onde o valor médio saltou de R$ 27,76 para R$ 49,33, uma alta de 77,7% em 10 anos. No Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul o preço médio das refeições avançou entre 60% e 66%, o que representa um ritmo abaixo das correções inflacionárias, uma vez que o percentual do IPCA no acumulado dos últimos dez anos foi de 68,2%.
“Isso demonstra os esforços dos estabelecimentos em não repassar aos consumidores custos extras, mesmo diante dos diversos impactos que sofreram no cenário econômico durante e após a pandemia, com os incrementos no aluguel de espaços físicos e recontratação de profissionais no retorno ao atendimento presencial, por exemplo”, comenta Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket.
De acordo com dados do IBGE, a série histórica do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta um acumulado de 68,2%. Se o preço médio fosse corrigido de acordo com a inflação, a refeição completa estaria custando R$ 46,19 nos estabelecimentos. O IPCA evidencia a trajetória dos preços relativos de alimentos e serviços ao consumidor final e é o principal indicador para a taxa de inflação no País.
Refeição mais barata
A menor variação no preço médio da refeição na última década ocorreu no Centro-Oeste, com aumento de 60,0%. A Região Sul apresentou o segundo maior aumento, de 66,5%. Na sequência, a Região Norte avançou 62%. O Nordeste, por sua vez, aparece em penúltimo lugar, com aumento de 61,4%.
“Esse levantamento ajuda as empresas a reconhecer a importância dos benefícios de refeição e alimentação para seus funcionários. Para aquelas que já oferecem esses benefícios, representa um indicador do mercado, permitindo ajustes ágeis nos valores oferecidos”, conclui Ghiotto.
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