Como a Reforma Tributária recai sobre o FNE, o Fundo Constitucional do Nordeste? Essa foi uma das preocupações postas pelos empresários da indústria ao presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, nesta segunda-feira (22), num encontro promovido pela CIEPE e pela FIEPE, na sede da Federação das Indústrias, no Recife.
O tema preocupa porque o estado vem enfrentado um processo de desindustrialização e a fonte de receita oriunda do FNE é fundamental para atrair novos investimentos, financiar capital de giro ou custeio dos negócios ativos. O FNE é um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE).
Nos últimos sete anos, Pernambuco perdeu 2.301 indústrias nos últimos sete anos devido à dificuldade de acesso ao crédito, o que tem impedido a modernização do setor.
Vigilância sobre o FNE
“Não temos acesso ao processo final da Reforma Tributária, mas os recursos do FNE são constitucionais e estão mantidos”, disse Paulo Câmara ao um restrito grupo de empresários liderados por Ricardo Essinger, presidente da FIEPE, e Massimo Cadorin, do CIEPE.
No entanto, Câmara ressaltou que é preciso ficar vigilante para que não haja retrocesso nas verbas do FNE destinadas aos benefícios fiscais. “Eles não podem, de forma algum, ficar ameaçados, porque são fundamentais para os próximos anos no Nordeste”, disse, acrescentando que região precisa de diferencial competitivo para seguir crescendo.
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