Dólar cai a R$ 5,16 com expectativas sobre juros no Brasil e nos EUA

A moeda norte-americana está no menor nível desde o último dia 12, quando tinha fechado em R$ 5,09.
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O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (19) vendido a R$ 5,165, com recuo de R$ 0,094/Foto: ABR

Em meio às expectativas sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado financeiro começou a semana com otimismo. O dólar teve a maior queda diária desde o fim de julho. A bolsa de valores subiu mais de 2% e atingiu o maior nível em uma semana.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (19) vendido a R$ 5,165, com recuo de R$ 0,094 (-1,79%). Em termos percentuais, foi a maior baixa registrada desde 27 de julho, quando a cotação tinha caído 1,91%.

A moeda norte-americana está no menor nível desde o último dia 12, quando tinha fechado em R$ 5,09. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula queda de 0,71% em setembro e de 7,37% em 2022.

O mercado de ações também teve um dia de euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.824 pontos, com alta de 2,33%. O indicador iniciou o dia em baixa, mas inverteu o movimento ainda durante a manhã e passou a disparar.

O movimento da bolsa brasileira contrastou com as bolsas norte-americanas, que fecharam em pequena alta após oscilarem bastante ao longo do dia, com as expectativas sobre os juros na maior economia do planeta. Na quarta-feira (21), o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) divulgará a nova taxa básica de juros nos Estados Unidos.

A maioria dos investidores espera alta de 0,75 ponto percentual, mas parte do mercado passou a apostar em aumento de 1 ponto por causa da persistência da inflação norte-americana e do bom desempenho no mercado de trabalho.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faz a sexta reunião do ano, nesta terça (20) e quarta-feira (21), para definir o destino da taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira. O órgão está dividido entre manter a taxa em 13,75% ao ano ou fazer uma nova elevação, para 14% ao ano.

Em comunicado após a última reunião, no início de agosto, o Copom informou que os riscos de que a inflação fique acima das expectativas em prazos mais longos fez que o BC optasse por não encerrar o ciclo de alta da Selic, na ocasião. O texto, no entanto, informou que o Copom deverá reduzir o ritmo de altas, elevando a taxa em 0,25 ponto.

De lá para cá, o registro de duas deflações seguidas, em julho e em agosto, aumentou as expectativas de que o BC encerre o ciclo de alta. A queda dos preços de energia e dos combustíveis fez a inflação oficial ficar abaixo de 10%, nos 12 meses terminados em agosto. A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação.

Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. No entanto, os juros altos brasileiros seguram o dólar. Também na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidirá se mantém a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano ou se a elevará para 14%.

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