A geração solar fotovoltaica passou a ser a terceira maior fonte com capacidade instalada no Brasil atingindo, neste mês de julho, uma capacidade instalada de 16,4 gigawatts (GW), segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Esse é o somatório de pequenos projetos de geração própria – como os telhados das casas – e de usinas de grande porte. As térmicas a gás natural somam 16,3 GW e a biomassa está também com 16,3 GW. Agora, a solar fica atrás apenas da geração hídrica e da eólica que têm 109 GW e 21,9 GW, representando 53,9 e 10,8% de toda a matriz elétrica brasileira
Desde 2012, a fonte elétrica solar empregou cerca de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões foram arrecadados aos cofres públicos e a implantação destas unidades geradoras gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados nos últimos 10 anos, segundo uma estimativa feita pela entidade. A iniciativa também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de carbono na atmosfera por ser uma energia limpa.
Para o diretor da Absolar, Carlos Dornellas, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, acrescenta Dornellas.
A fonte solar tem vários diferenciais: agilidade na implantação, como uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. E basta apenas 24 horas para tornar um telhado ou um pequeno terreno em uma fonte de geração de eletricidade a partir do Sol. “Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, conclui presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Outra vantagem da solar é que uma parte destas plantas é enquadrada como geração distribuída, como um telhado numa residência, fazendo com que a geração ocorra próximo ao consumo, não precisando desta maneira de grandes linhas de transmissão. Isso também deixa o sistema elétrico mais robusto, provocando menos apagões.