CNI apresentará propostas da Indústria aos presidenciáveis, em Brasília

A CNI realizará o evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, no próximo dia 29, em Brasília, para apresentar propostas e ouvir as medidas que serão adotadas por cada um, num eventual governo
Etiene Ramos
Etiene Ramos
Jornalista

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) irá apresentar aos presidenciáveis sugestões para aprimorar o desempenho do setor industrial no Brasil e da Economia, no próximo dia 29, no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República. O encontro será em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB, a partir das 10h00 e, na ocasião, os pré-candidatos poderão debater com os empresários as propostas contidas em 21 documentos com foco na estabilidade da economia, na reforma tributária, em financiamento e na maior integração do país ao comércio mundial.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, sem estabilidade não pode haver crescimento econômico
FOTO: Antônio Cruz/ Agência Brasil

A iniciativa da CNI de abrir espaço para discussão dos temas que interessam não só à Indústria mas também à sociedade, acontece desde 1994. É uma oportunidade para que os presidenciáveis possam falar sobre medidas que serão adotadas em seus governos para aumentar a a produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia brasileira.

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Em nota divulgada à Imprensa neste domingo (19), a Confederação afirma que o próximo governo necessita combater a inflação, manter o regime de câmbio flutuante e preservar o equilíbrio fiscal. Ao mesmo tempo, precisará aprovar uma ampla reforma de seu sistema tributário porque sem ela o Brasil não conseguirá eliminar o principal componente do chamado Custo Brasil, que deixa as empresas brasileiras em forte desvantagem competitiva em relação a outros países.

“A estabilidade macroeconômica é essencial, porque cria o ambiente de estabilidade. Sem estabilidade é impossível traçar o caminho que leva ao crescimento econômico”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “É unânime que o sistema tributário precisa ser mudado e com urgência. O Brasil discute a reforma da tributação sobre o consumo há mais de 30 anos. Não podemos continuar a perder oportunidades, porque é a população quem mais perde”, completa.

O avanço do Brasil na agenda de integração à economia mundial, com maior participação nas cadeias globais de valor e uma abertura da economia via acordos comerciais e de investimentos, também é defendida pela Confederação, que recomenda o uso de instrumentos de defesa comercial e combate ao comércio ilegal e o enfrentamento de barreiras às exportações.

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Para as Ampliar as empresas de micro e pequeno porte, a CNI aponta a necessidade de ampliar o acesso à linhas de financiamento, considerado indispensável para a aceleração do crescimento da economia.

CNI adianta as principais propostas da Economia

1. Estabilidade Macroeconômica: essencial para o investimento

Combate à inflação, câmbio flutuante e equilíbrio fiscal. A equipe econômica, que assumir em janeiro de 2023, deve seguir nessa direção. O estudo da CNI, Estabilidade Macroeconômica: essencial para o investimento, entregue aos candidatos à presidência da República, lembra que estas reformas foram determinantes para o saneamento das contas públicas e para a eliminação do processo inflacionário, que alimentavam o quadro de estagflação da nossa economia até a década de 90.

2. Reforma da Tributação do Consumo: competitividade e promoção do crescimento

É necessário agir com rapidez e eliminar as distorções da tributação sobre o consumo, que tanto prejudicam a competitividade das empresas brasileiras. Esse passo é fundamental para o Brasil acelerar seu ritmo de crescimento econômico, abandonando o histórico “voo de galinha”, e fundamentar as bases para a criação de mais empregos e renda para a população. Ter um sistema tributário eficiente é indispensável para a prosperidade social e econômica de um país. De acordo com a CNI, a política tributária deve preservar as condições de equilíbrio e de competição dos mercados.

3. Financiamento: Base do crescimento

Acessar linhas de financiamento é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de uma empresa e, consequentemente, da economia do país. Entretanto, as empresas brasileiras enfrentam mais dificuldades para conseguir crédito, tanto pelo maior custo, como pela menor disponibilidade de recursos ofertados. Para mudar esse quadro, três pilares são fundamentais: a redução de custo do crédito bancário e a ampliação de seu acesso; o aprimoramento do crédito não bancário; e o aprimoramento das políticas de crédito público ou incentivado. O foco das ações recomendadas são as indústrias, especialmente as de pequeno e médio porte, que tipicamente têm acesso mais restrito ao crédito.

COMÉRCIO EXTERIOR

1. Integração internacional: abertura com competitividade

O Brasil concentrou as vendas de bens industriais ao exterior em uma magnitude dez vezes maior que a média do G-20 nas últimas duas décadas. Entre os anos de 2002 e 2006, 28,1% da pauta exportadora brasileira, em média, era composta pelos dez principais produtos industriais. Esse número passou para 49,3% entre 2017 a 2020, uma diferença de 21,2 pontos percentuais. Na comparação dos mesmos períodos, a concentração da pauta exportadora dos países do no G-20 subiu apenas 2,3 pontos percentuais. A solução inclui fortalecimento da rede de acordos comerciais, redução do Custo Brasil e medidas que assegurem o comércio justo e melhoria da qualidade do investimento direto na produção nacional.

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