Páscoa anima fabricantes de bebidas

Por Samuel Santos Com a pandemia da covid-19 em um patamar de mais segurança para vários setores da economia, as datas comemorativas tradicionais do calendário voltaram a ser sinônimo de bons números. Em Pernambuco, o segmento de bebidas segue otimista e espera um aquecimento nas vendas na Semana Santa. A transferência de eventos que seriam […]

Por Samuel Santos

Com a pandemia da covid-19 em um patamar de mais segurança para vários setores da economia, as datas comemorativas tradicionais do calendário voltaram a ser sinônimo de bons números. Em Pernambuco, o segmento de bebidas segue otimista e espera um aquecimento nas vendas na Semana Santa. A transferência de eventos que seriam realizados no período do Carnaval para o feriadão da Páscoa também anima quem trabalha na produção e venda de rótulos.

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vinho
Foto: Pixabay

No Vale do São Francisco, no sertão pernambucano, considerado um dos maiores produtores de vinhos e espumantes do país, a produção das bebidas tradicionais que acompanham o almoço de Páscoa segue em alta. “A expectativa sempre é muito firme, pois o setor de bebidas não é tão volátil como o das frutas. No ano passado não tivemos dificuldade em escoar a produção e este ano acreditamos que também não teremos problemas. A gente estima um crescimento na casa dos 20%”, afirma Jorge Garziera, vice-presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (ValeExport).

Empresários da região, que abriga vinícolas de marcas como Rio Sol, Miolo e Botticelli, têm se concentrado em títulos variados para agradar todos os paladares. “À medida que vai passando o tempo vamos conhecendo melhor os nossos clientes, experimentando e colocando novos produtos no mercado. Esse ano a tendência são os vinhos jovens, frescos, frutados, aromáticos e os frisantes, como o Rosé e o Branco. Eles estão tendo boa saída, principalmente aqui no Nordeste, que tem o clima tropical e na Semana Santa não será diferente”, explica o vice-presidente.

Boa parte das bebidas produzidas a partir do processo de agricultura irrigada no Vale do São Francisco ainda abastece o mercado nacional, que praticamente sustenta o setor. Em tempos de inflação nas alturas, um dos complicadores tem sido o processo de logística dos títulos. “ Nós buscamos explorar bem esse mercado local, mas estamos tendo dificuldade com o fator frete, que tem pesado muito nos custos de produção, cerca de 10% a 15%”, completa Jorge Garziera.

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Se no mercado de vinhos e espumantes as expectativas são as melhores possíveis, no segmento de destilados a palavra de ordem é cautela. A Capunga, empresa pernambucana de cerveja artesanal que também tem investido na produção de Gin e Vodka, através da marca Abyssal, enxerga a Semana Santa como uma boa oportunidade de vendas, mas acredita que os números não devem apresentar grande crescimento. “Temos uma demanda ainda reprimida, que não supera as vendas do ano passado. A estimativa é de estabilidade em relação à Páscoa de 2021”, explica Victor Lamenha Cabral, fundador da Capunga.

O empresário também aponta a inflação como um dos complicadores. Segundo ele, quem pretende comemorar no feriadão, não está disposto a colocar a mão no bolso. “Temos identificado uma procura bem maior pelos produtos mais baratos, provavelmente devido à pressão da inflação sobre o consumidor, que precisa se adaptar e escolher produtos de baixo custo”, destaca Lamenha.

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