Entendendo a Covid para projetar o futuro

Por Juliana Albuquerque “A pandemia não acabou. As recentes restrições impostas por países da Europa demonstram que uma nova onda não é um caso isolado”. A afirmação é do consultor empresarial Francisco Cunha, que enfatizou durante a edição mensal do Diálogos Econômicos, ontem (23), que é necessário entender a dinâmica mundial da evolução do vírus […]
Participação do consultor empresaria Francisco Cunha na edição de novembro do Diálogos Econômicos

Por Juliana Albuquerque

“A pandemia não acabou. As recentes restrições impostas por países da Europa demonstram que uma nova onda não é um caso isolado”. A afirmação é do consultor empresarial Francisco Cunha, que enfatizou durante a edição mensal do Diálogos Econômicos, ontem (23), que é necessário entender a dinâmica mundial da evolução do vírus para projetar o futuro. O evento é promovido mensalmente pelo Movimento Pró-Pernambuco e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

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“Estamos vivendo o maior desafio de saúde pública de todas as gerações vivas. E o que está acontecendo no mundo vem em cascata para o Brasil e para Pernambuco. Nesse sentido, não podemos falar de nada do ponto de vista do futuro sem falar da pandemia”, sentenciou Cunha em sua palestra, que teve “A Retomada e a consolidação de um novo futuro para o desenvolvimento econômico de Pernambuco” como temática principal.

“A pandemia antecipou em no mínimo cinco anos, ou em muitos casos, em décadas, muitas tendências que estamos vivenciando desde o ano passado. Por exemplo, esse formato de palestra que estamos realizando hoje, quem pensaria há dois anos atrás que fosse algo que seria normal?”, questionou Cunha sobre o formato digital do Diálogos Econômicos.

Ainda segundo Cunha, além do contexto mundial, o rumo da retomada econômica de Pernambuco está também diretamente ligado ao contexto nacional, que deve passar por um período de turbulências ainda maiores em 2022.

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“Do ponto nacional, o Brasil deve experimentar no próximo ano um período de estagflação, que significa um crescimento do PIB negativo com altos índices inflacionários. E em Pernambuco não vamos escapar desse clima nacional nem das tendências mundiais antecipadas”, aponta o consultor.

Contudo, ele afirma que investimentos estruturadores feitos no início do século em Pernambuco devem fazer com que o Estado consiga se descolar dos rumos econômicos mais acentuados do âmbito nacional, que ainda deverá ter no meio do caminho uma eleição presidencial que promete ser acirrada.

“Em relação ao nacional, Pernambuco tem uma diferença fundamental. Foram feitos investimentos estruturadores no início do século, que em boa medida, permanecem. Cito como exemplo, o Porto de Suape, que continua até hoje, além disso, os investimentos privados em fábricas, que sobretudo, continuam prosperando e que fornece uma boa base para retomada econômica no cenário pós-pandemia”, avalia.

Além desses diferenciais, Cunha apontou o esforço do governo estadual extraordinário com o lançamento em plena pandemia do Plano de Retomada e o municipal, o Recife Virado, como cruciais para a consolidação da economia do Estado.

“Tanto o Governo de Pernambuco quanto a Prefeitura do Recife fizeram corretamente o dever de casa ao lançar uma frente de incentivos para a iniciativa privada atuarem em sintonia com o público para a retomada sólida da economia, com estímulo à geração de empregos e melhoria da capacidade de crédito para as empresas”, comentou Cunha.

Como um dos grandes objetivos do Diálogos Econômicos é promover o debate de ideias que auxiliem nessa retomada econômica, o consultor encerrou o momento destacando pontos que devem ser observados com melhor atenção pelo poder público estadual.

“Do ponto de vista social, o desafio é imenso, que vai ser enfrentado no período pós-pandemia. Tanto na saúde, educação, geração de emprego e combate à miséria, que o período acentuou muito a perda de renda e queda de capacidade de consumo de uma parte significativa da população. Além disso, o estado precisa dar suporte ao esforço empreendedor para recuperar as oportunidades econômicas que foram profundamente afetadas na pandemia. Estado tem papel de suporte na capacidade empreendedora de muitas empresas, principalmente de médios e pequenos empresários”, pontua Cunha. Ele falou para uma plateia formada por lideranças públicas e privadas, capitaneada pelo secretário de Sedec, Geraldo Julio, e pelo presidente do MPP, Avelar Loureiro Filho.

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