COP28 aprova acordo histórico para avançar com transição energética

O texto não diz, porém, de forma clara, que os países desenvolvidos devem liderar o processo.
Cop28
COP28: avanços históricos/Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP28) aprovou nesta quarta-feira (13) um acordo para promover a transição energética, caminhando em direção à descarbonização da economia das nações. Esta foi a primeira conferência das Nações Unidas a citar o fim dos combustíveis fósseis.

O presidente da COP 28, Sultan Al Jaber disse que Dubai produziu um “pacote histórico”. A aprovação do documento foi negociada pelos Emirados Árabes Unido. “Temos uma formulação sobre as energias fósseis no acordo final, pela primeira vez. Devemos estar orgulhosos deste sucesso histórico, e os Emirados Árabes Unidos, o meu país, estão orgulhosos do seu papel para chegarmos até aqui”, disse Sultan Al Jaber.

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O texto apela à “transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbônica em 2050, de acordo com recomendações científicas”.

O texto não diz, porém, de forma clara, que os países desenvolvidos devem liderar o processo. O texto evitou o termo “phase out”, que significa “eliminar” os combustíveis fósseis. A palavra era contestada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Arábia Saudita. O termo adotado foi “transition away” (transição), o que deixa uma janela aberta para a continuação dos combustíveis fósseis.

Mesmo assim, o acordo foi celebrado por muitos delegados de diversos países como um avanço significativo. Para estes, o texto reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas das emissões de gases do efeito estufa em conformidade com as trajetórias de 1,5C”.

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No entanto, os defensores da justiça climática e a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis) afirmam que o texto ficou muito aquém do necessário e manifestam “preocupações”, entendendo que a despeito de citar a ciência, o encontro deixou de tomar medidas relevantes apontas pela própria ciência. “Sentimos que o texto não proporciona o equilíbrio necessário para reforçar a ação global para a correção do rumo das alterações climáticas”, diz comunicado da Aosis.

transição
Pela primeira vez, há um reconhecimento da necessidade de abandonar os combustíveis fósseis/Pixabay

O texto ressalta outros objetivos energéticos, como triplicar a produção de energia renováveis globalmente e pede que se acelerem os esforços no sentido da eliminação progressiva da produção de energia a partir do carvão, além de duplicar a taxa média anula global de eficiência energética.

“Pela primeira vez, há um reconhecimento da necessidade de abandonar os combustíveis fósseis – depois de muitos anos em que a discussão dessa questão esteve bloqueada”, escreveu o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na rede social X.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, também reconheceu que foi a primeira vez que todos os países convergiram em torno da transição energética.  Ela ressaltou que o Brasil pediu aos países desenvolvidos que liderem a transição energética e forneçam os meios necessários aos países em desenvolvimento. “É fundamental que os países desenvolvidos assumam a liderança na transição para o fim dos combustíveis fósseis”, disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva.

A Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP28) aprovou nesta quarta-feira (13) um acordo para promover a transição energética, caminhando em direção à descarbonização da economia das nações. Esta foi a primeira conferência das conferências das Nações Unidas a citar o fim dos combustíveis fósseis.

O presidente da COP 28, Sultan Al Jaber disse que Dubai produziu um “pacote histórico”. A aprovação do documento foi negociada pelos Emirados Árabes Unido. “Temos uma formulação sobre as energias fósseis no acordo final, pela primeira vez. Devemos estar orgulhosos deste sucesso histórico, e os Emirados Árabes Unidos, o meu país, estão orgulhosos do seu papel para chegarmos até aqui”, disse Sultan Al Jaber.

O texto apela à “transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, com o objetivo de alcançar a neutralidade carbônica em 2050, de acordo com recomendações científicas”.

O texto não diz, porém, de forma clara, que os países desenvolvidos devem liderar o processo. O texto evitou o termo “phase out”, que significa “eliminar” os combustíveis fósseis. A palavra era contestada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Arábia Saudita. O termo adotado foi “transition away” (transição), o que deixa uma janela aberta para a continuação dos combustíveis fósseis.

Mesmo assim, o acordo foi celebrado por muitos delegados de diversos países como um avanço significativo. Para estes, o texto reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas das emissões de gases do efeito estufa em conformidade com as trajetórias de 1,5C”.

No entanto, os defensores da justiça climática e a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis) afirmam que o texto ficou muito aquém do necessário e manifestam “preocupações”, entendendo que a despeito de citar a ciência, o encontro deixou de tomar medidas relevantes apontas pela própria ciência. “Sentimos que o texto não proporciona o equilíbrio necessário para reforçar a ação global para a correção do rumo das alterações climáticas”, diz comunicado da Aosis.

O texto ressalta outros objetivos energéticos, como triplicar a produção de energia renováveis globalmente e pede que se acelerem os esforços no sentido da eliminação progressiva da produção de energia a partir do carvão, além de duplicar a taxa média anula global de eficiência energética.

“Pela primeira vez, há um reconhecimento da necessidade de abandonar os combustíveis fósseis – depois de muitos anos em que a discussão dessa questão esteve bloqueada”, escreveu o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na rede social X.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, também reconheceu que foi a primeira vez que todos os países convergiram em torno da transição energética.  Ela ressaltou que o Brasil pediu aos países desenvolvidos que liderem a transição energética e forneçam os meios necessários aos países em desenvolvimento. “É fundamental que os países desenvolvidos assumam a liderança na transição para o fim dos combustíveis fósseis”, disse a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva.

*Com agências

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