Fenearte movimentou R$ 52 milhões, diz Adepe

A próxima edição da Fenearte será de 03 a 14 de julho de 2024.
A 23ª edição registrou recorde de visitantes com 315 mil pessoas que passaram pela feira. Foto: Daniela Nader

A 23ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) chegou a movimentar R$ 52 milhões, o que foi um recorde, segundo informações da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). O público também foi recorde, chegando a 315 mil pessoas circulando pelo pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, de 5 a 16 de julho. A realização do evento gerou 2,5 mil postos de trabalho. A 24ª edição vai acontecer de 3 a 14 de julho de 2024.

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“A Fenearte foi muito potente, muito vibrante! Todas as artesãs e os artesãos com quem conversei estavam satisfeitos com as vendas, as encomendas e os negócios realizados, além de suas expectativas. O público foi enorme, superando os números das edições anteriores. Ficou uma boa sensação de missão cumprida e a certeza de que temos muita coisa legal ainda por fazer”, fala, com entusiasmo, a diretora-executiva da 23ª Fenearte, Camila Bandeira, também diretora-geral de Promoção da Economia Criativa da Adepe.

Com o tema Loiceiros de Pernambuco – Arte da Terra, Poesia das Mãos, a 23ª Fenearte ofereceu ao seu público mais de cinco mil expositores de Pernambuco e de várias partes do Brasil e do mundo, além de uma programação com quase 130 atividades culturais, entre palestras sobre artesanato e design, desfiles de moda, shows, aulas de gastronomia, lançamentos de livros e as oficinas, que reuniram mais de 1,5 mil pessoas.

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A Fenearte e a sustentabilidade

Nesta edição foi recolhido e devidamente separado um total recorde de resíduos: 14,8 toneladas. A ação da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE), em parceria com a Adepe, foi realizada pela Palha de Arroz, cooperativa formada por mulheres do bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife. No ano passado, a coleta foi de 2,5 toneladas. Ou seja, um aumento de mais de 560%.

Também nesta edição, houve recorde no total de pessoas que participaram das ações de acessibilidade. As visitas guiadas e oficinas com tradução em Libras ou audiodescrição, promovidas pela feira e executadas pela Com.Acessibilidades, receberam 106 pessoas com deficiência mais 48 acompanhantes, somando 154, o maior número desde 2011, quando a feira passou a trabalhar a inclusão de pessoas com deficiência através da comunicação.

Pela primeira vez, a feira contou com o circuito Fenearte, que incluiu espaços de arte e restaurantes, entre outros. Foto: Daniela Nader

Circuito Fenearte

A 23ª Fenearte contou com o Circuito Fenearte, ação que ampliou a experiência do público da feira ao estimulá-lo a visitar espaços de arte, cultura e economia criativa, e ainda restaurantes, no Recife e em Olinda, com programações produzidas especialmente para o período, como a exposição de objetos e móveis “Sertão Sobre Sertão”, do designer Fábio Melo, ainda em cartaz no Museu Cais do Sertão; a feira ART PE e a presença da DW Semana de Design, de São Paulo, no Edf. Pernambuco, Centro do Recife.

“Foram muitos os movimentos e os locais que abriram suas portas para abrigar e divulgar a nossa Fenearte, uma feira que é de todos os pernambucanos. Em nome de todos que fazem a Adepe, agradeço as parcerias que tornaram possível este grande evento. Os artesãos saem satisfeitos e nós, em breve, teremos os dados de uma pesquisa que deverá nortear a edição 2024. Enquanto isso, a gente se vê nos nossos centros de Artesanato de Pernambuco e no nosso e-commerce”, comemora o diretor-presidente da Adepe, André Teixeira Filho, referindo-se ao estudo inédito feito pelo Laboratório O Imaginário.

Mais de 350 artesãos de Pernambuco presentes na Fenearte foram ouvidos pelos pesquisadores para este estudo da cadeia produtiva do artesanato. As informações estão sendo reunidas para serem apresentadas ainda neste ano. A iniciativa tem por propósito compreender e mapear os artesãos, seus artesanatos e territórios, além do mercado, para a formulação de ações e estratégias cada vez mais alinhadas à realidade, à identidade e aos anseios dos artesãos enquanto fazedores de cultura e agentes da economia do Estado.

Impacto da feira no turismo

“A Fenearte é um dos nossos grandes atrativos turísticos do mês de julho na Região Metropolitana do Recife. Os bons resultados desta edição mostram que fizemos um excelente evento para os turistas e pernambucanos”, destaca o secretário de Turismo e Lazer, Daniel Coelho.

A taxa de ocupação da rede hoteleira durante o período da Fenearte foi de 71,68%. Em Olinda, 83,35% das vagas em meios de hospedagem ficaram ocupadas, com uma permanência média de 5,8 dias. Já no Recife, a taxa de ocupação ficou em 60% e com uma permanência média de 2,7 dias. Os turistas nacionais vieram principalmente da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de São Paulo. Os internacionais, da França e Inglaterra. O gasto médio individual diário dos turistas na Fenearte, em geral, foi de R$ 1.147,43. As pessoas que estavam hospedadas em hotéis gastaram, em média, R$ 1.315,65.

Do total de artesãos e visitantes entrevistados, 34% deles estiveram na feira pela primeira vez, segundo informações do Setor de Estudos e Pesquisas (SEP) da secretaria estadual de Turismo e Lazer.

A Fenearte é uma realização do Governo do Estado de Pernambuco por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) / Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec); Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) / Secretaria Estadual de Turismo e Lazer; Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) / Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

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