O Banco do Estado de Sergipe (Banese), única instituição pública estadual do Nordeste e uma das cinco no Brasil, segue “100% sergipano”, como garante o governador Fábio Mitidieri após rumores de privatização.
Há poucos dias, a instituição deu início a uma operação para ampliar a oferta de créditos aos clientes, recorrendo ao mecanismo sale and leaseback, processo no qual vende as agências para depois alugá-las. O assunto foi notícia no portal Movimento Econômico. A operação deixou em alerta o Sindicato dos Bancários, que manifestou preocupação com a possibilidade de privatização da instituição.
Banese e BRB
Além disso, o Banese vinha mantendo negociações com o Banco de Brasília (BRB) para parceria estratégica. A ideia era subscrever ações ordinárias da instituição sergipana. Mas na última quinta-feira, o Banese comunicou ao mercado que decidiu encerrar as negociações com o BRB. Paralelamente, o governo de Sergipe anunciou a pretensão de realizar, nos próximos anos, aportes financeiros no Banese, que deverão totalizar R$ 200 milhões.
Em nota, a instituição disse que “tais aportes ficam condicionados, todavia, a diversos fatores, como a situação fiscal e financeira do Estado e eventuais autorizações legislativas porventura necessárias”.
Em março deste ano, a Assembleia Legislativa estadual autorizou a capitalização do Banese por meio da subscrição de novas ações no valor de até R$ 36 milhões. A transação está em curso, aguardando homologação pelo Conselho de Administração do Banese.
“O que nós vamos fazer é investir e fortalecer o Banese, para que ele continue fomentando a nossa economia e gerando emprego para o nosso povo. Sergipe não vai vender o Banese”, afirma o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri.
Com 62 anos de existência, o Banese registrou um lucro líquido de R$ 17,4 milhões no primeiro trimestre de 2024, valor 27% maior que o apurado no mesmo período do ano passado. Os ativos totais do banco atingiram a marca de R$ 9,7 bilhões, um crescimento de 15,1% no mesmo período e de 8,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Gado
Os empresários Eduardo Monteiro e Nelson Bezerra, presidentes respectivamente do Grupo EQM e Masterboi, lideram viagem nesta terça-feira (30) às empresas do Grupo Otávio Lage e à Usina Jalles Machado, ambas em Goiás. Vão conhecer os negócios de fornecimento de bagaço e melaço para o gado confinado do Grupo Otávio Lage. A usina produz e vende levedura para a ração animal.
Hidrogênio verde
Aguardada para esta semana a sanção, pelo presidente Lula (PT), da lei do Hidrogênio Verde. O projeto garante créditos fiscais de até R$ 18 bilhões entre 2028 e 2032 para o desenvolvimento do setor. O Ceará é o estado que mais avança com projetos no Brasil: tem seis pré-contratos assinados com empresas do ramo que pretendem investir no Porto de Pecém.
Superquarta
O mês termina com uma superquarta, com decisões sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil vai anunciar sua decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano. A expectativa é de que fique como está. No mesmo dia, o Federal Reserve divulgará sua decisão sobre os juros norte-americanos. A tendência é que a taxa permaneça entre 5,25% e 5,5%, sugerindo a continuidade do monitoramento da inflação.
LIDE
Nesta quarta-feira (31) o LIDE Mulher e o LIDE Futuro promovem eventos com a diretora executiva de RH da IFC Brasil e IFC Internacional, Mara Turolla, para discutir o tema da liderança feminina.
Leia também:
Banese quer vender e depois alugar as próprias agências para captar recursos
Com maior navio da história, Suape reforça rota asiática via Canal do Panamá