Em Pernambuco, o valor da produção da aquicultura cresceu em 47,6%

A tilápia é responsável por cerca de 75% do faturamento da aquicultura em Pernambuco.
A tilápia foi a grande responsável pelo aumento do valor da produção na aquicultura em Pernambuco. Foto : Jonathan Campos / AEN

Em Pernambuco, a aquicultura foi o setor que mais cresceu entre os produtos de origem animal, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o valor da produção deste setor cresceu 47,6%, alcançando R$ 446 milhões. Isso fez o Estado sair do 7º colocado para o 5º lugar nacional. A tilápia foi a grande responsável por este aumento.

Pernambuco foi a terceira localidade que faturou mais com o peixe, totalizando R$ 350 milhões, atrás apenas do Paraná e de São Paulo. Foram produzidas aproximadamente 28,9 mil toneladas, sendo que três municípios do Sertão de Itaparica são responsáveis por 92,9% do volume produzido no Estado. Somente o município de Jatobá foi responsável por 15 mil toneladas do cultivo do pescado, correspondendo a mais da metade do total cultivado no Estado. Os outros municípios que se destacaram na produção foram Petrolândia (com 9,6 mil toneladas) e Itacuruba (2,2 mil toneladas). Todos estes municípios são banhados pelo reservatório de Itaparica.

O segundo produto da aquicultura mais abundante no Estado é o camarão, embora Pernambuco tenha saído do quinto para o sexto lugar no ranking nacional da produção. Foram produzidos 4,4 mil toneladas deste crustáceo. O valor da produção da carcinicultura alcançou R$ 87 milhões, com um acréscimo de 5,9% entre 2022 e 2021.

O Nordeste é responsável por 99% da carcinicultura brasileira. Em Pernambuco, a cidade que mais produziu camarão foi Goiana, na Mata Norte, com cerca de 3,3 mil toneladas. Este município responde por quase 75% de todo o camarão produzido no Estado.

galinha -Pixabay
Pernambuco passou a ser o maior produtor de galináceos no Nordeste

Maior produtor de galináceos

Em 2022, Pernambuco se tornou o maior produtor de galináceos do Nordeste, ultrapassando a Bahia e ficando no 7º lugar do ranking nacional. Os galináceos – incluem frangos, frangas, galos, galinhas e pintinhos – e saíram de 50,2 para 58,6 milhões de cabeças, registrando um aumento de 16,8% no período. No Agreste do Estado, São Bento do Una é o quinto município do País em número de galináceos e responsável por 23,5% do total produzido no Estado.

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No entanto, o total de galinhas caiu de 14,3 milhões para aproximadamente 13,6 milhões de cabeças em Pernambuco com um recuo de 5,1% entre 2021 e 2022. Somente a cidade de São Bento do Una, que detém pouco mais de quatro milhões desse total, perdeu 540 mil cabeças no período, caindo da 3ª para a 4ª colocação entre as cidades com o maior número de galinhas do País.

São Bento do Una também é líder na produção de ovos de codorna em Pernambuco com 4.946 mil dúzias e o valor de produção de R$ 8,6 milhões em 2022. O Estado ocupa o 6º lugar nacional e o segundo lugar no Nordeste, atrás apenas do Ceará, tanto em quantidade produzida, com 11,9 mil dúzias, quanto em valor de produção (R$ 28,1 milhões). Com 1,1 milhão de cabeças, Pernambuco é o quinto estado em rebanho de codornas, mantendo a posição de 2021.

Pernambuco perde posição na produção de ovos

O Estado saiu da 6ª para a 9ª posição entre os maiores produtores de ovos do País. Em 2022, foram produzidos 275 milhões de dúzias de ovos de galinha, sendo 0,8% a menos em comparação a 2021. Foi a menor quantidade em quatro anos. A queda foi pequena, mas fez o Estado ser ultrapassado na produção pelo pelo Ceará, por Santa Catarina e por Goiás.

O valor de produção alcançou R$ 1,452 bilhão, o que significou um aumento de quase R$ 200 milhões a mais do que em 2021. A cidade de São Bento do Una manteve a quarta posição como a cidade que mais produz ovos no Brasil. Em 2022, o município registrou uma produção de 104 milhões de dúzias, sendo 3,5% a mais do que o ano anterior.

Produção de origem animal

O valor de produção em produtos de origem animal em Pernambuco saiu de R$ 3,3 bilhões em 2021 para R$ 3,8 bilhões em 2022. Neste período, o Estado caiu do 7º para o 8º lugar no ranking nacional, sendo ultrapassado pelo Ceará, segundo informações da PPM 2022. A produção leiteira bateu um recorde, chegando a 1 bilhão e 178 mil litros, o maior volume já registrado. O aumento foi de 3,6% em 2022.

Em valor de produção, o faturamento dos produtores de leite saiu de R$ 2 bilhões para R$ 2,3 bilhões em 2022. Pernambuco também perdeu uma posição para o Ceará, caindo da 8º para a 9º colocação nacional. O leite é responsável por 60,64% de todo o valor de produção apurado com produtos de origem
animal no Estado. No total, foram ordenhadas 542.755 mil vacas no ano passado, o que dá uma produtividade de aproximadamente 2,2 mil litros por vaca ao ano.

Em Pernambuco, as dez cidades com maior produção de leite em Pernambuco estão distribuídas no Agreste Meridional, Sertão do Moxotó e Sertão do Araripe. A cidade que mais produz leite em Pernambuco é Buíque, com 89 milhões de litros, depois vem Itaíba (75 milhões de litros), Bodocó (56 milhões de litros), Bom Conselho (73 milhões de litros) e Pedra (55 milhões de litros).

Pernambuco em segundo lugar na produção de ovinos

O estado tem o segundo maior efetivo de ovinos do país, com 3,5 milhões de cabeças em 2022, um acréscimo de 2,2% perante o ano anterior. A quantidade de animais do ano passado foi a maior desde o início da série histórica da PPM em 1974. Pernambuco detém 16,5% do total nacional de cabeças. É bom para o o Estado porque são animais que se adaptam melhor as condições do semiárido nordestino.

No Brasil, dos dez municípios com maior efetivo desses animais, três são pernambucanos. Dormentes, no Sertão, é o quarto município brasileiro com o maior número de ovinos, com 330 mil cabeças, além de Afrânio (250 mil cabeças) e Petrolina (210 mil cabeças).

Entre os caprinos (bodes, cabras e cabritos), Pernambuco manteve o segundo lugar nacional em 2022 com 3,2 milhões de cabeças, registrando aumento de 3,1% em relação ao ano anterior. O estado tem 26% de todo o rebanho nacional, superado apenas pela Bahia. A cidade de Floresta, com 360 mil cabeças, manteve o segundo maior rebanho entre os municípios brasileiros, enquanto Petrolina, com 290 mil cabeças, caiu da terceira para a quinta posição.

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