A vocação para o agronegócio no Nordeste foi fortemente incentivada pelo crédito do Banco do Nordeste nos nove primeiros meses de 2022 com investimento superior a R$ 12 bilhões. O dado faz para do balanço de janeiro a setembro de 2022, divulgado pelo BNB.
No período, o BNB contratou, mais de R$ 35,6 bilhões, em toda sua área de atuação. Os recursos correspondem a mais de 3,1 milhões de operações de longo e curto prazos realizadas. O microcrédito respondeu por quase um terço de tudo que foi aplicado no período, com R$ 10,6 bilhões. O BNB atua em todos os estados nordestinos e em parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
O programa Crediamigo foi responsável por 2,5 milhões de empréstimos. O ticket médio dessas operações ficou em R$ 3.058. “O microcrédito é uma importante referência que temos para a economia popular. Quanto mais se empresta para esse empreendedor, mais o dinheiro vai circular na base, estimulando a compra de insumos, mercadorias e a contratação de serviços”, afirma o presidente do BNB, José Gomes da Costa.
Outro segmento considerado estratégico pelo banco é o das Micro e Pequenas Empresas (MPE), para o qual o banco direcionou R$ 3,5 bilhões. “São negócios que geram muitas oportunidades formais de emprego e renda. Por isso, apoiar as MPE é uma de nossas principais diretrizes”, destaca José Gomes da Costa.
Setores
Líder em microcrédito na América Latina, o Banco do Nordeste liberou R$ 7,7 bilhões para atividades urbanas com o Crediamigo e R$ 2,9 bilhões para empreendimentos rurais, com o Agroamigo. A quantidade de operações realizadas com microempreendedores chegou próximo a três milhões com um valor médio emprestado de R$ 3.565.
Foram aplicados mais de R$ 6,6 bilhões no setor agrícola, R$ 5,5 bilhões na pecuária e outros R$ 274 milhões na agroindústria.
“Em abril, criamos uma superintendência específica para atender todas as operações ligadas ao agronegócio que estavam espalhadas por três áreas de negócio. Demos mais agilidade para apoiar esse setor tão importante para nossa economia, por meio do crédito”, afirma José Gomes da Costa.
Mesmo com a atenção especial dada ao agronegócio, o Banco manteve sua programação de investimento nos demais setores e contratou mais de R$ 3 bilhões para serviços, cerca de R$ 3,1 bilhões para indústria e R$ 3,3 bilhões no comércio.
FNE
Principal fonte de recursos do BNB, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) respondeu por R$ 25,7 bilhões do total de valores aplicados no período em toda área de atuação. O restante contou com recursos próprios com foco em microcrédito.
Entre as aplicações com FNE, as operações se dividem entre os projetos de infraestrutura, que englobam áreas como energia, transporte e saneamento (R$ 5,9 bilhões), e os demais setores produtivos, como indústria, agronegócio, comércio e serviço, que receberam R$ 19,8 bilhões.
Alagoas
O valor aplicado pelo Banco do Nordeste em Alagoas, de janeiro a setembro, foi de R$ 1,2 bilhão. Do total, mais de 98 mil operações, que somaram R$ 300 milhões, foram do microcrédito orientado pelo programa Crediamigo.
O setor de agronegócio no estado também recebeu estímulo do Banco com a aplicação de R$ 256,5 milhões para pecuária, R$ 200 milhões para agricultura e cerca de R$ 40 milhões para agroindústria. Os demais recursos contemplaram indústria (R$ 78 milhões), comércio (R$ 121 milhões) e serviços (R$ 211 milhões).
Em relação ao porte dos negócios, destaque para as micro e pequenas empresas que receberam mais de R$ 150 milhões.