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Renda média no Nordeste ficou abaixo da nacional em 2024

A renda média domiciliar per capita abaixo da média nacional impacta diretamente o desenvolvimento econômico e social do Nordeste
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Poder de compra no Nordeste é impacto pela baixa renda/Foto: Imagem de Pexels por Pixabay

Em 2024, o Distrito Federal e nove estados brasileiros apresentaram rendimento médio domiciliar por pessoa acima da média nacional, que ficou em R$ 2.069. Entre esses estados, todos estão concentrados nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com destaque para o Distrito Federal, que lidera o ranking com um rendimento de R$ 3.444, valor 66% superior à média do país. Em seguida, São Paulo aparece na segunda posição, com R$ 2.662, seguido por Rio Grande do Sul (R$ 2.608), Santa Catarina (R$ 2.601) e Rio de Janeiro (R$ 2.490). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro.

No Nordeste, nenhum estado ultrapassou a média nacional, mas algumas unidades da federação da região ficaram próximas a esse patamar. O Rio Grande do Norte, por exemplo, registrou rendimento domiciliar per capita de R$ 1.616, o maior da região, enquanto Sergipe apresentou R$ 1.473 e Pernambuco R$ 1.453. Esses três estados se aproximam da média nacional e se destacam no contexto regional. Paraíba (R$ 1.401), Bahia (R$ 1.366) e Piauí (R$ 1.350) vieram em seguida.

O mais pobre no Nordeste

O Maranhão, por outro lado, registrou o menor rendimento médio domiciliar por pessoa entre todos os estados do país, com R$ 1.077. A diferença entre o rendimento do DF e do Maranhão chega a 3,19 vezes. Os estados nordestinos, em geral, ainda enfrentam desafios relacionados à renda e ao mercado de trabalho, refletindo em índices mais baixos em comparação com outras regiões do país. Mesmo assim, o crescimento de setores como comércio, serviços e programas sociais tem contribuído para a melhoria gradual desses indicadores.

O cálculo do rendimento domiciliar per capita é feito considerando o total dos rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias, benefícios sociais e transferências de programas do governo, divididos pelo número de moradores de cada domicílio. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e são utilizados para definir os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), conforme estabelece a Lei Complementar 143/2013. As informações são enviadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ajudam a definir o volume de repasses da União para cada estado.

O IBGE ressalta que os dados divulgados são valores nominais, ou seja, não consideram a inflação e refletem uma “fotografia” do ano de 2024. Por isso, não é possível comparar diretamente com anos anteriores ou calcular taxas de crescimento. A série histórica corrigida, que permitirá comparações com outros períodos, será divulgada em maio.

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Consequência da baixa renda

A renda média domiciliar per capita abaixo da média nacional gera uma série de reflexos que impactam diretamente o desenvolvimento econômico e social da região. Com menor poder de consumo, as famílias enfrentam mais dificuldades para adquirir bens e contratar serviços, o que limita o crescimento de setores como comércio, turismo e indústria local. Essa realidade também aumenta a dependência de programas sociais, como o Bolsa Família, que se tornam fundamentais para complementar o orçamento familiar e garantir o acesso a necessidades básicas.

Além disso, a renda mais baixa restringe o acesso a serviços privados de saúde, educação e segurança, aumentando a sobrecarga sobre os sistemas públicos já fragilizados em muitos estados do país. A menor remuneração também contribui para a migração de profissionais qualificados para outras regiões em busca de melhores oportunidades, agravando a fuga de talentos e dificultando a retenção de mão de obra qualificada.

A atratividade de investimentos privados também é afetada, uma vez que empresas tendem a priorizar mercados com maior poder de compra e infraestrutura mais consolidada. Com isso, a geração de empregos formais de maior remuneração em estados com baixa renda fica comprometida, reforçando a informalidade e perpetuando um ciclo de pobreza e estagnação econômica.

Confira abaixo o ranking completo de rendimento domiciliar mensal per capita por estado:

UFRendimento domiciliar mensal per capita (R$)
Distrito Federal3.444
São Paulo2.662
Rio Grande do Sul2.608
Santa Catarina2.601
Rio de Janeiro2.490
Paraná2.482
Mato Grosso2.276
Mato Grosso do Sul2.169
Espírito Santo2.111
Goiás2.098
Média Brasil2.069
Minas Gerais2.001
Tocantins1.737
Rondônia1.717
Rio Grande do Norte1.616
Roraima1.538
Amapá1.514
Sergipe1.473
Pernambuco1.453
Paraíba1.401
Bahia1.366
Piauí1.350
Pará1.344
Alagoas1.331
Acre1.271
Amazonas1.238
Ceará1.225
Maranhão1.077

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