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RN recebe primeira planta-piloto de hidrogênio renovável da Petrobras

Com um investimento de R$ 90 milhões, projeto de hidrogênio renovável deve entrar em operação em 2026
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Planta-piloto de hidrogênio será construída na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues. Foto: Luiz Fernando Almeida Fontenele

O município de Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte, foi o local escolhido para que a Petrobras lançasse a primeira planta-piloto de hidrogênio renovável da companhia. A estrutura será construída na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues, com um investimento estimado de R$ 90 milhões. De acordo com o Governo do Estado, que exalta o empreendimento como mais um passo na transição energética local, a expectativa é de que a operação comece no primeiro semestre de 2026.

O projeto usará energia solar para produzir hidrogênio com baixa emissão de carbono por meio de eletrólise da água, processo de quebra das moléculas por corrente elétrica, separando hidrogênio e oxigênio. A usina fotovoltaica em Alto do Rodrigues terá capacidade de eletrólise de 2 MW. A planta-piloto será executada pela empresa WEG. Os estudos para o desenvolvimento da estrutura, realizados em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), levaram dois anos.

RN é pioneiro e se prepara para regulamentar novo combustível

O Rio Grande do Norte já é pioneiro no uso de hidrogênio com baixa emissão de carbono na indústria. Em agosto, um acordo entre o governo estadual, a CPFL Energia e a Mizu Cimentos foi firmado para a produção e fornecimento do combustível para uma fábrica de cimento em Baraúna. O passo dado agora, na visão da governadora Fátima Bezerra, é a reafirmação do avanço local na regulamentação do novo combustível, que contribuiu para a escolha do estado como sede do projeto da Petrobras.

A gestora destacou ainda que já está em tramitação na Assembleia Legislativa o Marco Legal do Hidrogênio Verde do Rio Grande do Norte, que prevê incentivos fiscais e mecanismos para a atração de empreendimentos.

“Essa instalação possibilita a produção em larga escala dessa fonte renovável, colocando o Rio Grande do Norte em posição competitiva na corrida pela energia do futuro. A Petrobras, ao investir no hidrogênio renovável no município de Alto do Rodrigues, demonstra que uma empresa pública pode e deve ser um motor de inovação e sustentabilidade”, afirmou a governadora, na terça-feira (12), durante a solenidade de lançamento da planta-piloto, em Natal.

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Implantação do projeto é vista como passo fundamental na transição energética do Rio Grande do Norte . Foto: Sandro Menezes/Divulgação

Localização da planta-piloto é estratégica pela estrutura disponível

A Petrobras avalia o projeto como estratégico para a descarbonização da companhia e diz que a nova estrutura será usada para pesquisas sobre o uso do hidrogênio e para geração de energia. “O hidrogênio renovável desempenha hoje um papel central para o Brasil e para a Petrobras. Estamos confiantes de que tomamos a decisão certa e esperamos em breve ver a planta em desenvolvimento”, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Segundo Lilian Melo, gerente executiva do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (CENPES), a planta-piloto fornecerá informações essenciais para o desenvolvimento do hidrogênio renovável. “Com ela, poderemos avaliar modelos de negócios, explorar a mistura de hidrogênio com gás natural e analisar o comportamento dessa composição”, explicou.

Já o diretor do Senai ISI-ER, Rodrigo Mello, disse que a localização de Alto do Rodrigues oferece vantagens para a instalação do projeto, como a presença de um gasoduto, uma subestação com capacidade de escoamento e uma infraestrutura para tratamento de água, essencial para a geração de hidrogênio. “Esse projeto de pesquisa e desenvolvimento permitirá a criação de modelos de negócio, visando, numa segunda fase, decisões estratégicas para expansão comercial e, potencialmente, para a descarbonização da indústria”, declarou.

Leia também: Seis termelétricas do NE vão atuar como reserva energética a partir de 2026

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