Uma bancada dividida. Os deputados federais estavam entre três blocos na votação da emenda do PSOL, que pretendia instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), classificadas como o conjunto de bens que ultrapasse R$ 10 milhões. A matéria fazia parte dos destaques a um dos trechos da reforma tributária, aprovada no primeiro semestre e foi reprovada por 262 votos contra e 136 a favor no plenário da Câmara dos Deputados.
Dos 16 deputados pernambucanos presentes à votação, oito votaram a favor da taxação das grandes fortunas, enquanto outros oito votaram contra a matéria. Outros nove deputados não compareceram à votação da proposta.
As federações PT-PCdoB-PV e PSOL-Rede, além do PSB, orientaram voto favorável ao imposto sobre grandes fortunas. Com partidos apresentando divergências em relação ao tema, o governo liberou a bancada para que cada deputado votasse da forma que considerasse melhor.
Entre os pernambucanos, seguiram a orientação dos partidos e se colocaram a favor da matéria os deputados Carlos Veras (PT), Clodoaldo Magalhães (PV), Eriberto Medeiros (PSB), Guilherme Uchoa (PSB), Lucas Ramos (PSB), Maria Arraes (Solidariedade), Renildo Calheiros (PCdoB) e Túlio Gadêlha (Rede).
Por outro lado, votaram contra a taxação das grandes fortunas os parlamentares Augusto Coutinho (Republicanos), Coronel Meira (PL), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Coelho Filho (União), Iza Arruda (MDB), Lula da Fonte (PP), Ossésio Silva (Republicanos) e Pastor Eurico (PL).
Um terço da bancada ausente
Pouco mais de um terço da bancada pernambucana não compareceu à votação. Dos nove ausentes, teve um motivo nobre para faltar. A esposa do deputado Pedro Campos deu à luz Nina, a primeira filha do casal, nesta quarta-feira (30). Também não estiveram presentes André Ferreira (PL), Michele Collins (PP) – ela estava no lugar da deputada licenciada Clarissa Tércio (PP), mas a licença acabou na terça –Waldemar Oliveira (Avante), Fernando Monteiro (PP), Felipe Carreras (PSB), Mendonça Filho (União Brasil) , Luciano Bivar (União Brasil) e Fernando Rodolfo (PL)
Com a votação dos destaques, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, que cria regras de gestão e cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o segundo projeto da reforma tributária. A proposta será enviada ao Senado. Os deputados votaram emendas e destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto do relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), cujo texto-base foi aprovado no primeiro semestre.
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