Por Juliana Albuquerque
A paralisação anunciada por caminhoneiros autônomos para esta segunda (1º), em todo o Brasil, parece não ter tido adesão da maioria. Segundo o Ministério da Infraestrutura (Minfra), que acompanha o movimento nas estradas de todo o país, o movimento nas rodovias brasileiras seguiu sem quaisquer retenções durante a manhã.
Para garantir o funcionamento logístico sem que haja qualquer intercorrência, o Minfra montou 29 interditos proibitórios que, na prática, significa uma medida judicial que impede a paralisação dos caminhoneiros e a posse dos principais acessos e rodovias do país.
“Os interditos representam elemento de reforço para que as forças de segurança trabalhem na manutenção da ordem, uma vez que o Estado deve garantir a livre circulação de pessoas, serviços e mercadorias essenciais para o país”, esclareceu, por meio de nota, o Ministério da Infraestrutura.
O interdito proibitório contempla os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná, Pará, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Rondônia, Maranhão, Tocantins, Goiás, Amazonas e Piauí.
Em Pernambuco, o Ministério da Infraestrutura, com base em informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), esclarece que nas primeiras horas da manhã desta segunda foi registrado um protesto interditando parcialmente a BR-101/Pernambuco na altura de Jaboatão dos Guararapes. “Essa ocorrência não tem a ver com a mobilização dos caminhoneiros. Trata-se de uma manifestação popular sobre uma pauta local. A PRF já está atuando para liberar.”, esclarece o Ministério.
A pasta garante que vai atuar junto com as forças de segurança nacional para manter a ordem e a fluidez da logística em todo o país. “O monitoramento da situação a tempo real será coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do CICCN – Centro Integrado de Comando e Controle Nacional.”, finaliza.
Sem apoio
Em nota oficial, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou que ainda não foi consultada sobre nenhum dos temas tidos como pauta para eventual movimento de paralisação da categoria e que já vem trabalhando em diversos assuntos em conjunto com o governo e demais entidades relacionadas ao transporte rodoviário de cargas, na busca de benefícios para estes profissionais. “Informamos que em consulta à base representativa da categoria (sindicatos), não há adesão para qualquer movimento de paralisação ou greve e que uma paralisação neste momento impactaria negativamente ainda mais a vida do caminhoneiro autônomo, além de trazer reflexos nefastos para a sociedade e para a economia do país”, afirma.
