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PE lidera produção de ovos no NE, com crescimento de 33% no 1º semestre

Segundo o IBGE, Pernambuco produziu aproximadamente 73,7 milhões de dúzias de ovos nos primeiros seis meses do ano. Setor se preocupa com a queda de preço
Produção de ovos Nordeste Pernambuco Ceará IBGE
Foto: Rodrigo Felix/ANPr

Quatro estados nordestinos estão entre os 15 maiores produtores de ovos de galinha do Brasil, segundo a Estatística da Produção Pecuária divulgada pelo IBGE relativa ao segundo semestre deste ano. Entre eles, Pernambuco e Ceará despontam como maiores produtores da região, ocupando a 6ª e 9ª posição respectivamente. Atrás vêm a Bahia em 12ª e a Paraíba em 13ª. O estado do Nordeste com pior colocação no quesito foi o Maranhão, em 21º.

Pernambuco e Ceará destoam muito em relação aos outros estados, ambos com mais de dez milhões de galinhas poedeiras. Juntos, os dois têm mas cabeças que todos os outros estados somados. De acordo com portaria vigente do Ministério da Agricultura, ovos pequenos devem pesar entre 47 gramas e 49,99 gramas, os ovos médios ficam entre 50g e 54,99g e os grandes, acima de 55g.

Pernambuco produziu aproximadamente 73,7 milhões de dúzias de ovos, um crescimento de 33% se comparado com o mesmo semestre em 2023. Já o Ceará produziu 62.8 milhões de dúzias, um resultado 4% menos que o período equivalente do ano passado. Esse é o 3º semestre seguido em que os pernambucanos têm um número melhor que os cearenses.

De acordo com o presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Giuliano Malta, o IBGE vem alterando as tabelas do setor, mas o que ele constata como reflexo do aumento de produção é a queda no preço do produto, que chega a ser de 40% em relação ao ano passado. “É uma questão que preocupa todo o setor”, alertou.

A Bahia, mesmo estando “para trás” nessa disputa do 1º lugar, demonstra crescimento contínuo. No 2º semestre de 2024 registrou sua maior produção de ovos em um trimestre na história, com um aumento na produção de 7,5% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 13,8%, em relação ao primeiro trimestre deste ano.

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A Bahia também teve o crescimento de sua população de galináceos poentes, um aumento de um milhão de cabeças em 4 anos. Esse aumento se dá devido às ações do governo do estado para alavancar a avicultura baiana. Projetos como “Bahia Produtiva” e “Pró-Semiárido” têm como ações a implantação de entrepostos de ovos, a criação de aviários equipados com tecnologia e serviços de assistência técnica e extensão rural para garantir o manejo adequado das aves.

Segundo a Associação Baiana de Avicultura (ABA), a expertise técnica, adoção de práticas inovadora, a implementação de tecnologias avançadas e de estratégias sustentáveis, juntos foram fatores importantes para o crescimento da Bahia no cenário.

Outros estados do Nordeste, como Alagoas, Piauí, Paraíba e Sergipe, também tiveram crescimento da produção de ovos no segundo semestre deste ano se comparado com o recorte no ano anterior. Enquanto isso, Maranhão e Rio Grande do Norte tiveram uma queda ao comparar com o período equivalente de 2023, os maranhenses de 5,3% e os potiguares 3%.

Produção nacional de ovos

No cenário nacional, foi atingido o recorde desde o início da série histórica, com produção de 1,16 bilhão de dúzias de ovos no país inteiro. São Paulo foi o estado que mais colaborou com esse número, com 305 milhões de dúzias, equivalente a 26,3% do total.

A pesquisa desenvolvida pelo IBGE é feita por trimestres e não corresponde às produções totais das Unidades da Federação, uma vez que são pesquisados apenas os estabelecimentos com 10.000 ou mais galinhas poedeiras. Também é bom ressaltar que os dados dos 4 trimestres do ano são preliminares até a divulgação dos dados do 1º trimestre do ano seguinte, ou seja, esses números ainda podem ser alterados no decorrer do tempo.

Para mais dados da pesquisa, acesse: https://sidra.ibge.gov.br/home/pog/brasil

Leia mais: Grupo Granja Faria, maior produtor de ovos do Brasil, adquire base no Nordeste

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